Condições do trabalho infantil na revolução industrial

Trabalho infantil durante a revolução industrial

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A revolução industrial do século XVII causou uma migração em massa de trabalhadores agrícolas para setores urbanos, em busca de melhores salários. Nas cidades, artesãos e trabalhadores especializados, como os tecelões, eram substituídos pela produção mecanizada. Máquinas a vapor, que aumentavam a produtividade, causaram uma divisão no trabalho e transformaram a mão de obra tradicional. Até antes da lei das fábricas de 1833, que proibia o trabalho infantil, a maioria dos trabalhadores de fábricas durante a revolução industrial era composta por crianças.

Tipos de trabalho

Havia duas formas de trabalho infantil durante a revolução industrial: crianças classificadas como parish apprentice (órfão aprendiz) e free labor children (crianças que trabalhavam nas fábricas junto com os pais). As primeiras eram crianças órfãs que ficavam sob os cuidados do governo britânico. Os donos das fábricas forneciam abrigo e comida em troca de seu trabalho; elas não recebiam qualquer remuneração em dinheiro. Aquelas que recebiam salários extremamente baixos ganharam o título de free labor children; algumas tinham apenas cinco anos de idade e trabalhavam em fábricas e minas de carvão. Em virtude do crescimento das tecelagens, muitas crianças trabalhavam em moinhos de algodão, onde passavam a maior parte do tempo em locais com muito pouco ar fresco e nenhuma atividade. Também eram contratadas para trabalhar em fábricas de fósforo, como limpadores de chaminés, e na fabricação de tijolos.

Condições de trabalho

O trabalho nas fábricas era um "refúgio" para famílias que enfrentavam a fome e a morte. Os pais contavam com a renda dos filhos e viam esse trabalho como uma oportunidade. O trabalho na fábrica consistia de tarefas manuais repetitivas. As crianças trabalhavam em locais sem higiene e eram expostas a produtos químicos tóxicos e desagradáveis. As que trabalhavam em fábricas de fósforo entravam em contato com altos níveis desse material, o que causava o apodrecimento de seus dentes. Algumas morreram pela inalação excessiva de gases fosfóricos. Nos moinhos de algodão, as crianças frequentemente manipulavam máquinas perigosas e sofriam ferimentos e acidentes graves. Algumas caíam dentro das máquinas pelo sono causado em virtude do excesso de horas de trabalho, ao passo que outras eram esmagadas por máquinas perigosas. As que trabalhavam nas minas de carvão morriam por causa de explosões e ferimentos.

Carga horária

O trabalho industrial não era regulamentado e as crianças se envolviam em atividades estafantes, trabalhando entre 12 e 19 horas por dia, seis vezes por semana, com um intervalo de uma hora. Não era incomum começar a jornada às 5 da manhã e trabalhar até às 10 da noite. Não era permitido usar relógios e os empregados das fábricas manipulavam o horário para manter as crianças nas fábricas além do horário normal.

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