As palmeiras crescem de volta quando seu tronco é cortado?

Uma palmeira não é capaz de sobreviver uma vez cortado seu tronco

Medioimages/Photodisc/Photodisc/Getty Images

Apesar de serem frequentemente chamadas de árvores, as palmeiras não crescem da mesma forma que uma goiabeira, um ipê ou um abacateiro. Palmeiras não se ramificam, não desenvolvem casca nem crescem em espessura a partir do câmbio. O crescimento delas se dá apenas a partir de um ponto em seu ápice, por vezes chamado de coroa. Cortar essa região em palmeiras de caule único definitivamente acarreta na morte da planta. Em palmeiras com vários caules, a planta continua a crescer e reforma novos caules para substituir os perdidos.

Tipos

Existem cerca de 2500 espécies diferentes de palmeiras, nativas a todos os continentes exceto a Antártida. Tanto palmeiras arbóreas quanto arbustivas crescem em ambientes de clima quente, tropical e subtropical. As palmeiras apresentam uma copa penatulácea ou globosa, com folhas em forma de leque e caules únicos ou múltiplos. Palmeiras de caules múltiplos produzem estruturas mais delgadas, apresentando regiões apicais de crescimento em cada caule. Por vezes, novas regiões de crescimento surgem a partir das raízes, sendo estas denominadas brotamentos; clones genéticos da palmeira que vão se rejuvenescer em uma palmeira adulta caso os troncos ou demais caules tenham sido cortados.

Palmeiras de caule múltiplo

Palmeiras de caule múltiplo podem sofrer podas de certos caules até o nível do solo, pois a remoção de alguns destes não mata a planta; entretanto, o caule não se reformará. Mesmo se todos os caules de uma palmeira forem cortados ao nível do solo, brotamentos radiculares surgirão e se desenvolverão em caules normais e saudáveis. Somente palmeiras de caule múltiplo sadias conseguem se recuperar com sucesso; plantas moribundas ou estressadas e enfraquecidas por secas ou solo deficiente não rejuvenescerão. Exemplos de palmeiras de caule múltiplo incluem a Areca-bambu (Dypsis lutescens), palmeira-paorotis (Acoelorraphe wrightii), Tamareira-do-senegal (Phoenix reclinata) e Arenguite (Arenga engleri).

Palmeiras de caule único

Cortar a coroa de plantas de tronco único é letal. Quando a região de crescimento é removida, a ferida gerada incapacita a planta de se recuperar. Sem a folhagem para fotossintetizar a luz, a palmeira enfraquece e eventualmente o tronco e as raízes apodrecem. Se você remover o topo de uma palmeira de tronco único, ou uma tempestade quebrar a planta, o tronco persistirá como um poste, caindo após alguns meses ou anos uma vez perdida a integridade de suas fibras. Exemplos de plantas de caule único incluem a Palmeira-de-manila (Adonidia merrilii), Palmeira-de-saia (Washingtonia robusta), Palmeira real (Roystonea regia) e a palma cana (Sabal palmetto).

Feridas no tronco

Como as palmeiras não apresentam câmbio, qualquer ferida criada em seus troncos ou caules não é corrigida. Um corte parcial ou punção de um prego ou bala se mantém pelo resto da vida da palmeira. Estas feridas secam ao longo do tempo; se a água da chuva ou a umidade elevada prevenirem a secagem e cicatrização da ferida, pragas e doenças podem se infiltrar na planta e danificar ainda mais o sistema vascular dela. Previna feridas nos caules e troncos das palmeiras monitorando aquelas existentes a fim de identificar sinais de adoecimento ou outras complicações ao redor da ferida.

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