A história dos microcontroladores

Microcontroladores têm se tornado cada vez menores e mais potentes com o passar do tempo

Andy Sotiriou/Photodisc/Getty Images

O microcontrolador foi inventado pela Texas Instruments no início da década de 1970, aproximadamente na mesma época que o primeiro microprocessador foi inventado pela Intel. Os primeiros microcontroladores eram basicamente microprocessadores com memória incorporada tal como RAM e ROM. Posteriormente, eles evoluíram para uma vasta variedade de dispositivos adaptados para aplicações específicas de sistemas embarcados tais como carros, telefones sem fio e eletrodomésticos.

O primeiro microcontrolador

Em 1971, o primeiro microcontrolador foi inventado por 2 engenheiros na Texas Instruments, de acordo com o Instituto Smithsoniano. Gary Boone e Michael Cochram criaram o TMS 1000, que era um microcontrolador de 4 bits com ROM e RAM incorporados. Esse microcontrolador era utilizando internamente pela empresa nas suas calculadoras, de 1972 a 1974, e foi melhorado ao longo dos anos. Em 1974, ele foi colocado à venda para as indústrias eletrônicas. O TMS 1000 estava disponível em várias configurações de tamanhos de RAM e ROM. Em 1983, cerca de 100 milhões de dispositivos TMS 1000 haviam sido vendidos.

Microcontroladores Intel

Além de produzir o primeiro microprocessador, a Intel também desenvolveu muitos microcontroladores importantes, dois deles sendo o 8048 e o 8051. Introduzido em 1976, o 8048 foi um dos primeiros microcontroladores da Intel e foi utilizado como o processador no teclado do computador da IBM. É estimado que mais de um bilhão de dispositivos 8048 tenham sido vendidos. O 8051 o seguiu em 1980, e se tornou uma das famílias mais populares de microcontroladores. Variantes da arquitetura do 8051 ainda são produzidas atualmente, tornando o 8051 um dos projetos eletrônicos mais duradouros da história.

Memória eletricamente apagável

Durante os anos 90, se tornaram disponíveis microcontroladores com memórias ROM (EEPROM) eletricamente apagáveis e programáveis, tal como a memória flash. Esses microcontroladores poderiam ser programados, apagados e reprogramados utilizando somente sinais elétricos. Antes desses dispositivos eletricamente reprogramáveis, geralmente era necessário programação especializada e hardwares para tal, sendo que o dispositivo tinha que ser removido do circuito, retardando o desenvolvimento de software e tornando-o mais caro. Ao se remover essa limitação, os microcontroladores puderam ser programados e reprogramados enquanto que em circuito, fazendo com que seus dispositivos pudessem ser atualizados com novos softwares sem a necessidade de serem devolvidos ao fabricante. Muitos microcontroladores atuais, como os da Microchip e da Atmel, incorporam a tecnologia de memória flash.

Microcontroladores modernos

Além de dispositivos de uso geral, microcontroladores especializados estão sendo produzidos para áreas como automotiva, iluminação, comunicação e dispositivos de baixo consumo de energia. Eles também têm se tornado menores e mais potentes. Por exemplo, em 2010, a Atmel anunciou um microcontrolador flash em um pacote medindo 2 mm por 2 mm. Estes dispositivos minúsculos são pequenos e baratos o suficiente para serem utilizados em produtos como brinquedos e escovas de dentes.

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