Perigos e efeitos colaterais do uso de Ritalina por adultos

A Ritalina, também chamada de metilfenidato, é usada para tratamento do TDAH mas pode causar sérios efeitos colaterais

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Ritalina é o nome comercial do metilfenidato, estimulante usado para tratar Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças e adultos. O TDAH é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. Embora estimulantes como a Ritalina sejam os mais eficazes tratamentos para o TDAH, a Ritalina tem muitos efeitos colaterais perigosos.

Vício

A Ritalina é uma substância controlada em função de seu alto potencial vicioso. Como estimulante, a Ritalina libera dopamina no cérebro, incentivando o uso futuro da substância. Sintomas de abstinência podem aparecer com a interrupção do tratamento. A Ritalina deve ser prescrita com cuidado nos casos em que o paciente tiver histórico familiar de alcoolismo ou abuso de drogas. Pode-se abusar da Ritalina, por sua habilidade em manter seus usuários acordados a noite toda; para perder peso ou para alcançar estados alterados de consciência ao inalar a substância. Usuários de Ritalina também têm incentivo para vender suas receitas já que a droga é muito procurada por pessoas que não têm TDAH.

Problemas cardiovasculares

Adultos são mais propensos a desenvolver problemas cardiovasculares em função do uso de Ritalina que crianças, pois adultos tem maiores chances de padecer de problemas cardíacos, como doenças coronárias, arritmias cardíacas e anormalidades estruturais. Problemas cardiovasculares observados em adultos em tratamento com Ritalina, incluem derrame, morte súbita e infarto, embora tais efeitos sejam raros. A Ritalina aumenta a pressão sanguínea e os batimentos cardíacos, podendo causar hipertensão ou arritmia cardíaca. A Ritalina também pode piorar o glaucoma.

Aumento da libido

A Ritalina não interfere diretamente nas funções sexuais. Todavia, pode aumentar a atenção ao parceiro e à atividade sexual. A libido pode aumentar e o sexo se tornar mais frequente, dadas as experiências sexuais positivas durante o tratamento com essa substância.

Vígilia do sono

A Ritalina, como estimulante, pode prolongar a vigília e combater a fadiga. O lado negativo disso é que o uso da Ritalina à noite pode causar insônia. Outro problema é a capacidade dessa droga manter o usuário acordado a noite toda para estudar ou ir para festas, o que pode levar ao abuso da substância e, consequentemente, ao vício.

Outros efeitos colaterais

Outros efeitos colaterais comuns da Ritalina são: aumento de ansiedade, nervosismo, perda de apetite, hipersensibilidade e, em portadores da Síndrome de Tourette, aumento de tiques. Em pacientes que não foram diagnosticados com Transtorno Bipolar, a Ritalina pode agravar os sintomas e induzir episódios maníacos. O medicamento pode causar convulsões mais frequentes e graves em pacientes com histórico de convulsões. Problemas de visão, como vista turva e acomodação do cristalino também foram observados em pacientes fazendo uso de Ritalina.

Efeitos sobre a gestação

Mulheres em idade fértil devem considerar a descontinuação do tratamento com Ritalina em caso de gravidez. Trata-se de um medicamento de classe C, isto é, significa que nenhum dos testes realizados em humanos descartou totalmente a possibilidade de dano ao feto, se a gestante estiver usando o medicamento.

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