As vestimentas europeias no século XVI

O Renascimento foi uma época de grandes pesquisas realizadas por intelectuais como Leonardo da Vinci

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Em meados do século XV, a Idade Média deu lugar ao Renascimento, período em que a Europa passou por uma reformulação na aprendizagem. O século XVI foi o auge desse período. Foi um momento de transição política e cultural tumultuados, transições que foram refletidas nas mudanças no gostos em roupas.

Contexto histórico

O Renascimento foi um momento de indagação filosófica, exploração, investigação científica e criação artística. Algumas figuras importantes do Renascimento incluem artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael; escritores como William Shakespeare, Nicolau Maquiavel e Miguel de Cervantes; cientistas como Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Tycho Brahe e Andreas Vesalius; e líderes políticos, como os reis e rainhas Henrique VIII e Elizabeth I, da Inglaterra, e Fernando e Isabella, da Espanha.

Moda masculina

Monarcas como o rei Henrique VIII ditavam muitas das tendências de moda masculina

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Homens renascentistas usavam casacos curtos chamados parelhas, em vez das túnicas parecidas com mantos, tão populares na Idade Média. Esses casacos eram acinturados e muitas vezes feitos de tecidos ricos e enfeitados com pele de animais. A medida em que o século XVI avançava, mangas e ombros se tornaram fofos e mais elaborados. Muitas pessoas começaram a usar coletes com cortes nas mangas para mostrar os tecidos mais ricos usados por baixo. Os homens cobriam suas pernas com leggings separadas e bem justas chamadas "mangueiras" que deixavam os genitais expostos. Os órgãos genitais eram cobertos com um pedaço de tecido chamado tapa-sexo. Alguns homens ingleses, franceses e espanhóis exageravam sua virilidade, vestindo peças pesadas, acolchoadas ou decoradas feitas a partir de tecidos finos, como a seda. Alguns homens até formavam suas peças como um pênis ereto. No final do século XVI, o tapa-sexo foi substituído por calças curtas chamadas bombachas. Os homens as combinavam com acessórios como espadas e punhais, capas curtas e vários estilos de feltro e chapéus de veludo. Seus sapatos eram tipicamente largos e parecidos com chinelos com dedos arredondados.

Moda feminina

Muitas mulheres do período renascentista copiavam o estilo das roupas usadas pela Rainha Elizabeth I

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A moda feminina da Renascença afastou-se, de forma geral, dos vestidos disformes usados ​​na Idade Média, em direção a roupas fortemente estruturadas com os mesmos ombros largos e mangas bufantes usadas pelos homens. A maioria das mulheres usava uma saia grande, em forma de cone chamado de "Farthingale espanhol" e duros corpetes, apertados na cintura. Os vestidos eram feitos de tecidos decorados com rendas, pérolas, pedras, fitas e tranças. Eles eram frequentemente complementados com rendas chamadas golas engomadas. Algumas golas eram tão elaboradas que, para as mulheres, era até difícil comer, até que alguém decidiu dividi-las ao meio. Algumas mulheres usavam suas golas para acentuar o seu decote.

Armaduras

As armaduras mais bonitas eram as menos práticas

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Cavaleiros do século XVI usavam armaduras elaboradas e vistosas. As de estilo Maximiliano, por exemplo, eram decoradas com sulcos estreitos que imitavam as pregas em roupas da moda. Outros estilos de armaduras foram decorados com revestimento de ouro, gravuras, padrões de relevo e até mesmo pinturas. No entanto, ao mesmo tempo, o aumento do uso de armas de fogo estava deixando o uso de armaduras completas impraticável. Muitos cavaleiros renascentistas e os soldados entraram na batalha com armaduras de três quartos ou metade do tamanho, o que proporcionava maior mobilidade, e capacetes abertos na face, para aumentar a visão. Muitos dos que conquistaram os astecas e incas foram para a batalha usando um capacete e protetor de torso chamado couraça.

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