Adaptações dos animais para o clima frio

Animais possuem adaptações para lidar com os tipos diferentes de ambientes frios

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Todos os seres vivos estão especialmente designados para sobreviver em um clima ou ambiente em particular. Comportamentos especiais e características físicas e fisiológicas necessárias para a sobrevivência são conhecidos como adaptações. Animais que vivem continuamente em climas frios são unicamente adaptados para seus ambientes frígidos, enquanto outros animais apenas fazem adaptações temporárias conforme o clima ao seu redor muda. Em climas com diferentes estações, o começo do inverno é sinalizado por uma queda na temperatura e uma redução nas horas de luz solar. Animais que vivem nesses ambientes possuem maneiras bem diferentes de lidar com as temperaturas baixas.

Adaptações para os polos

Ursos polares têm a pele escura e várias camadas de pelo para protegê-los do frio

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Os animais que vivem no polo Ártico e no Antártico precisam estar preparados para ambientes extremamente frios durante todo o ano. As características comuns dos mamíferos encontrados nos polos incluem corpos mais cheios, volumosos e orelhas, focinhos, pernas e cauda mais curtos. Esses traços físicos conservam o calor corporal. Além disso, mamíferos terrestres possuem o pelo muito grosso e uma camada de gordura acumulada, ambos para isolar o corpo. De forma semelhante, os pinguins-imperadores têm as penas muito densas, além de penas externas que se sobrepõem para deixá-los impermeáveis. Ursos polares possuem pelos ocos para prender o ar quente, e a pele escura, o que atrai os raios ultravioleta do sol. Eles também têm uma camada de pele abaixo do pelo coberta com um revestimento externo, para protegê-los enquanto nadam. Raposas e lebres árticas possuem patas maiores cobertas com pelos, para se movimentarem melhor sobre a neve.

Adaptações para a água fria

Corpos arredondados e camadas grossas de gordura isolam os mamíferos marinhos na água

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Mamíferos marinhos, como focas, morsas e baleias, possuem adaptações especiais para as águas geladas. O calor dos animais de sangue quente é perdido mais rápido na água fria do que no ar gelado. O corpo arredondado e as camadas de gordura bastante grossas são necessários para proteger contra a perda de calor corporal.

Migração sazonal

Muitos pássaros migram em grupos para longe de seus lares durante os meses de inverno

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Muitas espécies de pássaros deixarão seus lares para migrar para um clima mais quente no inverno, retornando na primavera. Eles escolhem voar para longe quando os dias ficam mais curtos e o suprimento de comida fica cada vez mais escasso. Dependendo da espécie, os padrões de migração podem ser os mesmos todo ano, podendo voar centenas de quilômetros. Isso também serve para algumas espécies de invertebrados, como as borboletas-monarcas.

Hibernação

Muitos mamíferos em climas sazonais produzem um revestimento mais grosso, engordam, estocam comida e alguns até hibernam para escapar dos efeitos rigorosos do clima frio do inverno. Animais menores perdem o calor mais rápido e precisam de mais energia para ficar aquecidos. Como resultado, muitas espécies pequenas, como camundongos, ratazanas, esquilos, texugos e até mesmo morcegos, escolhem hibernar. Eles fazem isso diminuindo a frequência cardíaca, respiração e temperatura corporal, e simplesmente dormem durante os meses de inverno. No Alasca, os ursos-pardos se retiram para suas tocas durante os longos e rigorosos meses do inverno e podem hibernar por até seis ou sete meses. Répteis de sangue frio também precisam hibernar durante esse período. Isso é por causa da sua incapacidade de regular a própria temperatura corporal, assim como a falta de fontes de alimentos disponíveis, como invertebrados, pequenos animais ou pássaros.

Invertebrados

Em climas sazonais, muitos invertebrados morrem no final do verão. Entretanto, seus ovos, larvas ou pupas ficam escondidos durante o inverno, esperando a primavera. Por exemplo, aranhas morrem depois de colocar os ovos dentro de um casulo esbranquiçado de onde milhares de novas aranhas serão liberadas na primavera. Outras espécies de invertebrados, como lagartas, certas borboletas, lesmas, caracóis, mosquitos, vespas e abelhas passarão os meses do inverno em um estado chamado torpor. Esses invertebrados liberam um composto orgânico especial, chamado glicerol, em seus corpos, evitando que congelem.

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