Vantagens e desvantagens das teorias de ética

As teorias de ética buscam determinar como os seres humanos devem se comportar uns com os outros. No sentido mais amplo, definem o que é "certo" e "errado" e como promover a prosperidade humana. No entanto, não há um consenso geral sobre o que é "prosperidade" ou qual é a melhor forma de atingi-la. Os três principais tipos de teorias (deontológicas, utilitaristas e da virtude) respondem a essas questões de forma diferente, criando diferentes vantagens e desvantagens.

Vantagens da deontologia

As teorias deontológicas, ou baseadas nas obrigações, asseguram que os seres humanos são moralmente obrigados a seguir certos princípios. Um famoso exemplo, o "imperativo categórico" do Immanuel Kant, requer que os seres humanos tratem os outros como fins e não como meios. Esse tipo de teoria tende a definir regras específicas para avaliar os comportamentos das pessoas, o que é a maior vantagem. As teorias deontológicas também permitem que as pessoas ajam além do requisito base das regras.

Desvantagens da deontologia

As teorias deontológicas possuem vários problemas. Não sempre é claro como classificar as tarefas, o que pode criar dilemas insolúveis. Em alguns casos, seguir uma responsabilidade pode levar a resultados perigosos ou desastrosos. Por exemplo, dizer a verdade pode requerir que alguém diga a um assassino onde encontrar a vítima. Nenhum conjunto de regras pode valer em todos os âmbitos, o que deixa os indivíduos sem guia para algumas decisões morais.

Vantagens do utilitarismo

O utilitarismo, como foi batizado por John Stuart Mill, procura gerar o maior benefício para a maior quantidade possível de pessoas. Um dos benefícios principais é que são consideradas as consequências. Essas teorias buscam promover especificamente o bem humano como um todo e guiam o comportamento, permitindo às pessoas saber o que é considerado "moral".

Desvantagens do utilitarismo

As teorias do utilitarismo têm o problema de tornar moralmente permissível prender, assassinar e torturar indivíduos, mesmo inocentes, para obter um benefício. Só o bem e a felicidade para a humanidade toda importa, mas os benefícios individuais são considerados apenas parte do total, o que é contrário a muitos ideais democráticos, como a autonomia.

Vantagens da ética da virtude

A ética da virtude se origina com Aristóteles, quem assegurava que ser ético significa internalizar um conjunto de virtudes como a justiça e a bravura, que são expressadas por meio de comportamento. Segundo essa teoria, o que importa são as intenções de agir de forma ética. A ética da virtude regula como alguém se comporta e como deve ser internamente.

Desvantagens da ética da virtude

A ética da virtude não pode criar regras específicas para guiar o comportamento. A ausência delas dificulta que um grupo de pessoas concorde sobre o que constitui comportamento ético em certas situações. Ao não definir uma virtude "suprema", podem criar-se graves conflitos sobre qual, entre outras virtudes, deve ser preferencial, ao tomar uma decisão.

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