Toxemia em cães

Aprenda um pouco mais sobre a toxemia canina

Chris Amaral/Digital Vision/Getty Images

Um equívoco comum de donos de cães é a ideia de que a toxemia está apenas relacionada com a gravidez. Embora as mulheres grávidas e animais prenhes possam desenvolver toxemia infecciosa (pré-eclampsia), ainda não foi demonstrado que essa doença ocorre espontaneamente em cadelas prenhas, mas ela tem sido normalmente relacionada à doença renal. A toxemia canina é normalmente o resultado de uma doença subjacente ou a insuficiência de órgãos e pode ser extremamente difícil de tratar. Muitas vezes, é financeiramente e emocionalmente onerosa para os donos resultando, geralmente, em um mau prognóstico para o cão.

Causas

A toxemia canina pode ser definida como uma infecção sistêmica em todo o corpo resultante da propagação de produtos bacterianos, ou toxinas, pela corrente sanguínea. As causas podem ser diversas, mas geralmente começam quando uma infecção localizada se espalha pelo organismo. As feridas que não são devidamente limpas e enfaixadas, doenças intestinais que matam a flora intestinal benéfica e deixa a flora bacteriana maléfica se multiplicar exacerbadamente e a insuficiência renal que não consegue remover as toxinas do corpo através da urina podem resultar em toxemia. Os cães podem desenvolver essa doença através da ingestão de produtos químicos ou venenos de plantas através do sistema digestivo. A mastite, uma infecção e inflamação das glândulas mamárias, também demonstrou-se uma causa da toxemia em cadelas prenhas e lactantes.

Sintomas

Em geral, os cães com toxemia demostram sintomas de falência aguda dos órgãos em todo o corpo, incluindo icterícia, depressão, letargia e febre alta. A redução do apetite, diarreia e vômitos também são sintomas comuns. A pressão arterial baixa, fraqueza muscular, baixa produção fecal e baixa produção de urina podem ser sinais de infecção sistêmica. Nos estágios finais da doença, o cão pode ter dificuldade para respirar e pode ter acúmulo de fluidos nos pulmões e na cavidade abdominal.

Prevenção/solução

A melhor prevenção de toxemia nos cães é o tratamento da causa ou da doença subjacente. Isso significa que manter as feridas limpas e livre de bactérias, além de seguir os protocolos de tratamento veterinário para todas as doenças é fundamental. Se a doença ocorrer, o veterinário, na maioria das vezes, interna o animal para que ele possa receber altas doses de antibióticos por via intravenosa e receber fluidos com nutrientes. O cão também deverá ser assistido de perto pelo veterinário para que todos os procedimentos de emergência necessários possam ser realizados a qualquer momento.

Considerações

Os cães que sofreram qualquer forma de toxemia e recuperaram-se são propensos à recorrência. Eles deverão ser vigiados em casa a fim de se observar qualquer sinal da doença, sendo necessário que ele seja examinado por um veterinário quando os sintomas forem observados novamente.

Aviso

A presença de grandes quantidades de toxinas no sangue pode resultar na síndrome do choque tóxico em cães. A fraqueza muscular, baixa ritmia cardíaca, diminuição da pressão arterial e da temperatura corporal, além da palidez das gengivas e mucosa dos olhos são sinais dessa síndrome. O choque tóxico é extremamente difícil de se tratar e pode resultar em morte ou a necessidade da eutanásia no animal.

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