A espironolactona e a perda de peso

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A espironolactona é um medicamento usado para diminuir a retenção hídrica, agindo como um diurético potente (o que aumenta o volume e a frequência de micção). Ele é usado para ajudar a tratar o hiperaldosteronismo primário (muita aldosterona), a insuficiência cardíaca congestiva, a cirrose hepática, a síndrome nefrótica e a hipertensão arterial, todas doenças caracterizadas ou agravadas pelo excesso de fluido no corpo. A FDA (como a Anvisa norte-americana) adverte ostensivamente que a espironolactona mostrou ter potencial mutagênico (pode causar câncer) em estudos de toxicidade crônica realizados em ratos. Sendo assim, deve ser usada apenas nas condições descritas sob as indicações e uso aprovados pela Anvisa, devendo ser evitada se seu uso for desnecessário.
Mecanismo de ação da espironolactona

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A espironolactona especificamente se opõe ao mecanismo de ação da aldosterona (um hormônio que regula a água e o equilíbrio de sal), causando uma quantidade elevada de perda de sódio e água através da urina, enquanto mantém o potássio. Esse medicamento aumenta a diurese e, consequentemente, tem propriedades anti-hipertensivas (baixa pressão).
Efeitos adversos

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O desequilíbrio eletrolítico do soro sanguíneo e da urina, que causam a hipercalemia (excesso de potássio) no corpo, podem, com o uso da espironolactona, potencialmente precipitar a insuficiência cardíaca. A ingestão de alimentos ou de suplementos ricos em potássio é contraindicada. Foram relatadas as seguintes reações adversas: sangramento gástrico, úlceras, gastrite, diarreia e cólicas, náuseas, vômitos, ginecomastia (aumento da mama em homens), disfunção erétil, menstruação irregular e sangramento pós-menopausa. O carcinoma das mamas tem sido relatado, mas a sua relação direta com a espironolactona não está estabelecida. Os efeitos colaterais adicionais incluem febre, agranulocitose, confusão mental, dor de cabeça, letargia, insuficiência renal e hepática, entre outros efeitos.
Perda de peso através da eliminação hídrica

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A perda de peso provocada pelo uso da espironolactona ocorre exclusivamente pela eliminação de água e, como tal, não é um método a longo prazo eficaz ou saudável. Em doses que permitam o emagrecimento, o corpo responderá aumentando a liberação de aldosterona, tornando, assim, transitórios os efeitos da espironolactona, a menos que doses mais elevadas sejam administradas. A hipotensão (pressão arterial baixa) e uma sensação de cansaço serão sentidas pelas pessoas saudáveis normais, especialmente no início e após o exercício.
Advertência para os pacientes que utilizam a espironolactona para perda de peso

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O uso da espirolactona não é saudável e é potencialmente perigoso, a menos que recomendado por um médico para tratar uma indicação clínica especificamente aprovada. A droga não tem efeito sobre a gordura corporal, o fator predominante que contribui para o excesso de peso. Se você sofre de uma forma de edema (retenção de líquidos excessiva) causada por vários hormônios diferentes, pelo coração, fígado ou por problemas renais, o tratamento com a espironolactona eliminará o excesso de líquido do corpo.
Faça massagem

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Perder peso e ter uma forma física desejável e saudável são conquistas difíceis de serem alcançadas e, mais ainda, de serem mantidas. A forma mais segura de obter isso é modificando a dieta e fazendo exercícios. Os efeitos adversos associados à espironolactona e o desequilíbrio eletrolítico (distúrbio na composição de sal no organismo) podem causar danos significativos e, na melhor das hipóteses, uma perda de peso de 2 kg. Além disso, as graves conseqüências decorrentes de seu uso constituirão grandes riscos à saúde e ao bem-estar.
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Sobre o Autor
Brandt brings together 10 years experience in the biomedical sciences. He completed a MPH degree in epidemiology, completed a BS in Molecular Biology, BA in Anthropology and went through medical school. Over last 7 years he has worked in pharmaceutical clinical R&D and has published in medical journals.
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