O exame de Papanicolau checa por HIV?
Um exame de Papanicolau cervical, realizado durante um exame ginecológico, envolve a coleta de células de dentro do cérvix de uma mulher, as quais serão testadas em laboratório para investigar qualquer anormalidade. Apesar de o teste poder detectar câncer cervical e lesões pré-cancerosas, ele, por si só, não pode detectar a presença do HIV. O Papanicolau anal, comumente realizado em homens que fazem sexo com outros homens, também está se tornando mais rotineira para a checagem do câncer anal, mas também não testa especificamente por HIV.
Testes de HIV
A maioria dos testes para o vírus da imunodeficiência humana (HIV) consiste em amostras sanguíneas. Os anticorpos se formam contra o vírus e aparecem no sangue em algumas semanas depois da infecção inicial. Uma amostra sanguínea é uma das mais simples e mais confiáveis formas de determinar se uma pessoa é HIV-positiva ou não. O teste OraSure, baseado na saliva, é também uma forma precisa de descobrir a presença do HIV em uma pessoa.
Papanicolau e HIV
Como o exame de Papanicolau verifica as anormalidades celulares do cérvix coletando as células, e os testes de HIV usam o sangue ou a saliva para determinar a situação de uma pessoa, não é possível que o primeiro determine uma conclusão para o último. Dito isso, o "Centers for Disease Control and Prevention" (CDC) ressalta que existem alguns indicadores que podem significar que uma mulher possui HIV que podem aparecer em um exame de papanicolau: a infecção por HIV pode causar displasia cervical, ou crescimento anormal das células cervicais; o desenvolvimento de doença inflamatória pélvica também pode ocorrer devido ao HIV. O CDC também relata que exames de Papanicolau anormais podem ser associados com baixas contagens de células CD4 ou células T, contagens encontradas em mulheres HIV-positivas. Entretanto, como essas condições também podem ocorrer em mulher que é HIV-negativa, apenas um teste de HIV pode determinar se o vírus está presente e aumentando o risco de infecção da mulher.
Enquanto a maioria dos homens que recebe exames de Papanicolau anais estão fazendo sexo com outros homens que já sabem que são HIV-positivos, é possível que verrugas anais ou câncer anal apareçam durante um exame de Papanicolau antes que o estado do HIV seja conhecido.
Recomendação
De acordo com o CDC, "mulheres HIV+ são 10 vezes mais propensas a ter exames de Papanicolau anormais do que as mulheres HIV- negativas". Sendo esse o caso, um ginecologista ou outro médico que detectar uma infecção potencialmente relacionada com o HIV em um papanicolau cervical ou anal deve recomendar um teste de HIV para o paciente, assim como testar o caso para outras doenças sexualmente transmissíveis.
Referências
Recursos
Sobre o Autor
A.J. Walkley earned a B.A. in literature from Dickinson College in 2007 before heading into the U.S. Peace Corps as a health volunteer in Malawi, Africa. Upon her return to the States, she became a United Nations correspondent and freelance writer working out of New York City, before moving to the Los Angeles area. She is currently writing out of Connecticut.