A história da maquiagem no teatro

Maquiagem teatral

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Desde o início do teatro, os atores usam maquiagem no palco. Da Grécia antiga ao teatro do oriente e à Broadway atual, a maquiagem teatral tem sido parte das peças. O uso e a aplicação da maquiagem para o teatro evoluiu ao longos dos milhares de anos.

Grécia antiga

A maioria das peças no teatro grego eram encenadas com atores mascarados e existe pouca evidência de que a maquiagem era algo importante na aparência do ator. As máscaras gregas agiam como um tipo de megafone, já que seus formatos criavam uma maneira natural de amplificação vocal. Além disso, o que era ainda mais importante, um ator podia fazer vários papéis. Em vez de mudanças complexas de maquiagem, o ator podia simplesmente trocar de máscara para indicar que estava interpretando um novo personagem. Há algumas evidências, no entanto, que suportam que as primeiras peças gregas possam ter tido atores que usavam maquiagem à base de chumbo branca com detalhes vermelhos. Essa maquiagem tóxica continuou sendo popular por séculos, tanto no palco quanto fora dele.

Ópera de Pequim

A popularidade da Ópera de Pequim atingiu seu pico durante a Dinastia Qing, de 1644 à 1911. Os atores usavam originalmente máscaras mas depois passaram a usar maquiagem para mostrar suas expressões faciais. Com desenhos coloridos, brilhantes e em espirais em preto, vermelho, azul e branco, os atores da Ópera de Pequim estudavam as características faciais para desenvolver um padrão da maquiagem que dizia instantaneamente tudo que você precisava saber sobre o personagem.

Teatro japonês kabuki

A maquiagem do kabuki também é altamente colorida e estilizada. O ator usava um chapéu de seda e depois colocava uma peruca apropriada para o papel. Ele usava do rosto uma base branca à base de óleo e depois cobria com uma maquiagem fosca branca. No kabuki, as sobrancelhas e a boca que são mais estilizadas. A maioria das maquiagens é branca, vermelha e preta. Como na Ópera de Pequim, o estilo da maquiagem revela muito sobre o personagem.

Teatro elizabetano

A maquiagem teatral dos dias de Shakespeare era feita com o que fosse encontrado. A tinta de chumbo era normalmente usada tanto pela Rainha Elizabeth quanto para o teatro. As expressões faciais eram acentuadas com pó de giz ou de fuligem. Queimavam rolhas e as usavam para aplicar linhas escuras sobre o rosto para destacar as expressões faciais ou para dar um ar de soldado em batalha. As barbas falsas também se tornaram populares durante esse período. A maioria dos teatros eram abertos, então as peças eram iluminadas naturalmente.

Teatro da era do Iluminismo e da Restauração

A maquiagem dessa era reconhecida por sua aparência elegante e feminina tanto nos homens quanto nas mulheres. Sua base era a tinta de chumbo para o rosto dos homens e mulheres. O cabelo era coberto com perucas elaboradas cobertas por um pó branco que as mulheres geralmente adornavam com pérolas, joias ou penas. Pintas eram desenhadas nos homens e mulheres. Os dois sexos usavam batom e blush feitos com uma receita que já era usada há séculos, a base de ingredientes naturais como corpos de insetos, frutas e gordura animal. As peças geralmente eram encenadas em teatros iluminados apenas por velas e luz a gás, então a maquiagem tinha que ser exagerada para ser vista.

Movimento Ibsen e Naturalista

As peças de Ibsen e todas as peças do movimento Naturalista eram caracterizadas por um desejo de mostrar situações e personagens realistas. A maquiagem exagerada do passado foi trocada por uma maquiagem simples de estilo naturalista ou até a ausência de maquiagem. A maquiagem se desenvolveu pouco nessa época e, quando era usada, era feita de banha e pigmentos e usada no teatro e nos filmes.

Teatro moderno e tendências atuais

A maquiagem conhecida como pancake foi desenvolvida em 1914 pela Max Factor. Algumas marcas populares nos palcos são a Ben Nye e a Mehron. A maquiagem de hoje é segura e não possui chumbo. A maquiagem teatral de hoje pode ser usada para uma aparência natural ou para um ar criativo e detalhado, como no musical "Cats". Com o advento do látex líquido, passou a ser possível criar próteses grandes para qualquer papel.

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