O que acontece quando uma cadela se reproduz com um dos seus filhos?

O endocruzamento foi utilizado para gerar raças de cães que conhecemos

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O cruzamento de uma cadela com o seu próprio filho é chamado de endocruzamento. Esse termo não é bem entendido e é, muitas vezes, confundido com o que se conhece por "cruzamento consanguíneo". Embora o endocruzamento tenha sido o método originalmente utilizado para desenvolver algumas das raças de cães que conhecemos atualmente, ele agora é praticado apenas em circunstâncias especiais e sempre deve ser orientado por um criador experiente.

Endocruzamento

Endocruzamento é o acasalamento de um par de cães de parentesco direto e muito próximo. Isso geralmente significa que são mãe e filho, pai e filha, ou irmão e irmã – independente de terem nascido na mesma ninhada ou não. Esse processo é muito usado para perpetuar uma característica específica. Por exemplo, uma cadela com cor de pelagem incomum, pode dar à luz a filhotes que tenham a mesma tonalidade. Ao cruzar a mãe com os filhos na próxima geração, pode-se criar uma família com essa mesma cor de pelagem. Isso é uma preparação para o cruzamento dos melhores espécimes, assim que houver mais cães com a mesma cor, disponíveis para o cruzamento.

Cruzamento consanguíneo

O cruzamento consanguíneo é considerado o melhor meio de se garantir que os genes de uma família continuem. O método envolve o casalamento de dois cães que tenham parentes em comum, como um tio e uma sobrinha, ou avó e neto. Esse é um processo complexo no qual alguns cães são usados várias vezes em combinações diferentes, para conservar certas características, como bom temperamento ou habilidades de trabalho.

O cruzamento consanguíneo também pode ser utilizado para corrigir falhas. Por exemplo, uma cadela que tenha joelhos fracos, mas o resto de sua estrutura em perfeitas condições pode ser cruzada com um macho que tenha os mesmos atributos positivos e joelhos fortes. Desse modo, o criador faz com que as boas qualidades da família sejam passadas adiante e que as características ruins sejam "consertadas".

Criação para qualidade

O endocruzamento é feito com uma ninhada por vez. A cada nascimento, o criador deve avaliar se os resultados da mistura foram bons. Normalmente um ou dois filhotes são selecionados de acordo com a qualidade, e são mantidos para serem usados mais adiante, para possivelmente cruzar a mãe outra vez com um filho diferente. Com o cruzamento consanguíneo, é possível conseguir filhotes que sejam superiores aos pais.

Problemas que devem ser evitados

Os criadores devem assegurar-se de que cães com falhas genéticas, como problemas de quadril ou agressividade, não sejam utilizados em nenhum tipo de cruzamento, principalmente com outros cães que tenham problemas similares. A criação dos Chihuauha "Teacup" é geralmente usada como exemplo de reprodução irresponsável, porque para conseguir fazer com que eles tenham esse tamanho tão pequeno, os criadores cruzam o menor macho com a menor fêmea. Como os cães menores costumam ser os "anões" da ninhada, isso pode resultar em um número de doenças genéticas e outros problemas. Se uma mãe tímida procriar com um filho que tenha a mesma característica, os filhotes poderão ser todos muito tímidos por natureza.

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