Atividades das mulheres nobres na Idade Média
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Durante a Idade Média, as mulheres nobres eram obrigadas a aderir a rigorosas convenções das Leis da Igreja. Elas eram consideradas propriedades de seu senhor, portanto, mulheres casadas pertenciam aos seus esposos, e as solteiras, a seus pais ou irmãos. Poucas eram as atividades que essas mulheres podiam escolher, e esperava-se que fossem capazes de assumir o comando do feudo enquanto seus maridos estivessem fora. Apesar das restrições, o seu dia a dia podia muitas vezes ser variado e repleto de desafios.
Rotina diária
Uma nobre acordava junto à sua família ao amanhecer para celebrar a missa, suas damas-de-companhia a ajudavam a se vestir e, depois da missa, ela tomava o café da manhã junto à sua família. A Igreja desempenhou um grande papel na rotina das famílias medievais, estabelecendo orações antes de cada refeição e antes de dormir. As manhãs eram destinadas à supervisão da educação das meninas de outras famílias nobres que estivessem na casa para aprender etiqueta e gestão doméstica. Depois do almoço e das orações, as mulheres nobres se dedicavam a garantir o perfeito funcionamento de sua casa. Caso o senhor da casa estivesse ausente, sua esposa se tornava responsável por governar a propriedade, o que mudava a sua rotina diária. Em intervalos durante o dia, era usual que houvesse tempo para que as mulheres nobres pudessem praticar atividades recreativas. O dia terminava com o jantar, que era seguido de algum entretenimento caso houvesse convidados presentes.
Deveres
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Os deveres de uma mulher nobre mudavam consideravelmente dependendo da presença de seu marido. Enquanto seu marido estivesse presente, ela ficava livre para se concentrar em gerir a casa e ensinar às meninas de classe alta que estivessem hospedadas no feudo. As tarefas domésticas eram numerosas e envolviam a responsabilidade de organizar as provisões, distribuir as tarefas diárias e planejas as refeições. Caso seu marido estivesse ausente, era esperado que ela assumisse a responsabilidade por toda a propriedade. Assim, ela passava a supervisionar a agricultura, recebia aluguéis, resolvia disputas, verificava as finanças entre todas as outras tarefas necessárias para garantir que a propriedade funcionasse sem problemas.
Lazer
O tempo destinado ao lazer poderia ser gasto com conversas, sendo que os tópicos considerados femininos era incentivada, incluindo os temas sobre noivados, casamentos, poesia e os entretenimentos mais recentes. No entanto, presume-se que esses temas não eram estritamente respeitados; as mulheres nobres muitas vezes entregavam-se às fofocas. Elas eram geralmente orgulhosas de suas habilidades no bordado e na tapeçaria, e algumas também eram arqueiras, cavaleiras e dançarinas talentosas. Algumas nobres podiam caçar com aves de rapina específicos para sua categoria, esse era por sua vez um passatempo muito apreciado.
Eventos especiais
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O entretenimento era, na maioria das vezes, fornecido tanto para homens quanto para mulheres depois de jantares em que convidados estivessem presentes, incluindo música, dança, poesia, recitais de história, magia, malabaristas e acrobatas ou um bobo da corte. Ocasionalmente, um grupo seleto realizava muitos atos, mas, muitas vezes, havia muitos artistas diferentes e a diversão podia continuar por horas. Menos frequentemente, eram organizados torneios e as nobres se juntavam aos outros espectadores para assistirem às justas e às lutas de espada entre os vários cavaleiros. Esses torneios eram eventos extremamente emocionantes e poderiam durar vários dias, e também eram comentados por semanas após o torneio. Embora as mulheres da nobreza não participassem em geral de feiras ou festivais, peças de teatro e performances de cenas bíblicas, essas às vezes eram organizadas dentro das residências e se tornavam outro evento particularmente comentado.
Referências
Recursos
- Optiz, Claudia. O quotidiano da mulher no final da Idade Média (1225 - 1500). In: KLAPISCH - ZUBER, Christiane. Histórias das mulheres no ocidente: a Idade Média
- PERNOUD, Régine; GONÇALVES, António Manuel. Luz sobre a Idade Média. Europa América, 1992
- Perrot, Michelle; DUBY, Georges. História das mulheres no Ocidente. Porto: Afrontamento, 1990. vol. 2
Sobre o Autor
Sophie Batin began writing professionally online in 2010 and enjoys the opportunity to write about a variety of intriguing subjects. She graduated from the University of Leeds with an honors degree in biology and several electives in creative writing, poetry and philosophy.
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