Riscos e efeitos adversos da ioimbina

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A ioimbina é uma substância de ocorrência natural obtida sinteticamente para uso no tratamento de impotência e na melhora do desempenho esportivo. Pacientes com certas condições preexistentes devem evitá-la, pois seu uso pode levar a vários efeitos colaterais prejudiciais.
Identificação
O cloridrato de ioimbina é um alcaloide encontrado naturalmente na casca da árvore Pausinystalia yohimbe (pau-de-cabinda). Ele também é obtido sinteticamente por companhias farmacêuticas, que o vendem como medicamento para disfunção erétil, e é muitas vezes comercializado como suplemento esportivo.
Mecanismo
De acordo com um estudo conduzido no Departamento de Psicofarmacologia do Instituto de Pesquisa Servier, a ioimbina demonstra uma forte afinidade de ligação a receptores alfa-2-adrenérgicos, que inibem um mecanismo de reação que desativa a produção natural de epinefrina e norepinefrina (veja o link nas Referências). Ao interromper esse mecanismo de regulação natural, o corpo continua a produzir esses neurotransmissores, o que aumenta a pressão sanguínea e a taxa cardíaca e dilata os vasos sanguíneos, levando a um maior fluxo de sangue.
Benefícios
De acordo com o website Drugs.com, médicos podem prescrever medicamentos que contenham ioimbina para tratar impotência ou disfunção erétil resultantes de diabetes ou de problemas nos vasos sanguíneos, pois a substância aumenta o fluxo sanguíneo no pênis. O site também define uma dosagem padrão de comprimidos de 5,4 mg três vezes ao dia.
De acordo com o website Body Building, alguns atletas e fisiculturistas usam a ioimbina como suplemento para perder peso e para aumentar o fluxo sanguíneo nos músculos durante os exercícios. No artigo "Alpha 2-Antagonist compounds and Lipid Mobilization: Evidence for a Lipid Mobilizing Effect of Oral Yohimbine in Healthy Male Volunteers", J. Galitzky mostrou que a ioimbina aumentou a lipólise (degradação de tecido adiposo) e causou perda de gordura nos indivíduos estudados (veja o link nas Referências).
Advertências
Pacientes com problemas cardíacos ou renais ou com úlceras no estômago ou no intestino não devem tomar a ioimbina. Além disso, o site Drugs.com aconselha que pessoas que tenham histórico de distúrbios mentais ou de humor ou que estejam tomando medicamentos para tratar essas condições evitem o uso da ioimbina devido às possíveis interações medicamentosas, que podem causar exacerbação dos distúrbios.
O site também relata que a ioimbina não é indicada para uso em crianças. Mulheres grávidas, que possam ficar grávidas ou que estão amamentando também não devem usá-la.
Como a ioimbina pode causar sonolência, o paciente não deve dirigir, operar máquinas ou consumir a substância com álcool até que já a tenha tomado por tempo suficiente para determinar seus efeitos.
Riscos
O website Drugs.com não lista nenhum risco aos músculos (como cãibras) ou tecidos musculares. Os resultados do estudo de Galitzky mostraram que a ioimbina, quando combinada com efedrina e cafeína, pode causar efeitos colaterais cardíacos e circulatórios potencialmente adversos.
Estudos alertam que a ioimbina pode causar excitação do sistema nervoso central, trazendo efeitos colaterais como aumento da pressão sanguínea e da taxa cardíaca, irritação, tremores, suor, náusea e espasmos.
Os usuários também relataram sonolência, dores de cabeça e rubor da pele. Pacientes que consumirem muita ioimbina (overdose) podem sofrer convulsões, dor severa no estômago, fraqueza, paralisia e fadiga.
Referências
Recursos
Sobre o Autor
Since 2005, James Rutter has worked as a freelance journalist for print and Internet publications, including the “News of Delaware County,” “Main Line Times” and Broad Street Review. As a former chemist, college professor and competitive weightlifter, he writes about science, education and exercise. Rutter earned a B.A. in philosophy and biology from Albright College and studied philosophy and cognitive science at Temple University.
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