A composição da tinta da lula

Lulas usam sua tinta para se defenderem

Comstock Images/Comstock/Getty Images

As lulas, como outros cefalópodes, produzem uma substância preta e similar à tinta como mecanismo de defesa. Essa tinta pode ser lançada quando ela quiser criar uma cortina de fumaça para confundir predadores, permitindo-a fugir. Algumas lulas também podem querer usar sua tinta para avisar as outras ou como método de comunicação.

Composição química

A tinta da lula é feita primariamente de muco e melanina. Melanina é o mesmo pigmento que dá tons escuros à pele de humanos e animais e cor às sardas e cabelos. Dependendo da espécie, a tinta também pode conter uma variedade de aminoácidos como taurina e lisina, assim como tirosinase e dopamina. A variedade de químicas causa diferentes espécies a possuírem diferentes cores. A tinta dos polvos tende a ser preta, enquanto a de lulas apresenta um tom preto azulado e a de chocos um tom marrom.

Método de liberação

A tinta é guardada em sacos situados entre as brânquias dos cefalópodes. Quando ameaçados, as lulas podem liberar esses sacos e dispersar a tinta com um jato de água do funil de seu corpo. Essa nuvem espalha-se atrás da lula criando uma mancha negra na água. Alguns cefalópodes desenvolveram tintas com maiores concentrações de muco que permite manter a forma da nuvem por mais tempo. Esse tipo de tinta serve como engodo, ganhando tempo para a lula fugir.

Outras respostas para a tinta

A tinta de algumas espécies serve como alerta para outras espécies na área. Quando observadas em cativeiro, cientistas notaram comportamentos erráticos de outras lulas quando a tinta era solta. Apesar das muitas especulações, a grande variedade de composições químicas requer maiores investigações para confirmar as teorias.

Outros usos para a tina

A tinta da lula é amplamente utilizada na culinária. A tinta é usada para colorir massas e arroz e dar um sabor único ao prato. A tinta coletada para culinária vem de cefalópodes mortos, de modo que ela não contenha muco. Também é possível utilizá-la para escrever, apesar dessa necessidade não existir desde tempos antigos. Alguns artistas experimentaram o uso dela para pintar, e uma pequena população tentou usá-la para tatuagem.

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