Coisas que afetam os resultados da dosagem de PSA
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A dosagem de PSA é importante para a monitoração da saúde masculina e é o primeiro passo para o diagnóstico do câncer de próstata. O antígeno específico da próstata, ou PSA, está presente no sangue de todos os homens em pequenas quantidades. Este nível baixo e normal de PSA é conhecido como o valor de referência e é consultado quando a dosagem de PSA apresenta alterações. Uma aumento nos níveis desse antígeno pode significar funcionamento irregular da próstata devido à hiperplasia benigna da próstata, ou BPH; inflamação; infecção; ou câncer de próstata. A dosagem de PSA não é definitiva na detecção do câncer de próstata, pois muitos fatores podem alterar seu resultado.
Hiperplasia benigna da próstata
A hiperplasia benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. A BPH é a causa frequente de micção noturna, retenção urinária, dificuldade de micção e infecções urinárias. A BPH causa um aumento dos níveis de PSA.
Prostatite
A inflamação ou infecção da próstata também causa uma elevação dos níveis de PSA. A dosagem desse antígeno deve ser feita após a cura da infecção e desaparecimento da inflamação, se possível.
Idade
O envelhecimento também causa um aumento dos níveis de PSA. Em geral, quanto mais velho o paciente, mais altos os níveis. Isso complica a detecção do câncer de próstata, pois as taxas normais de PSA não podem ser ajustadas para refletir alterações relacionadas com a idade sem o risco de possivelmente não detectar o câncer.
Ejaculação
A ejaculação durante o ato sexual ou masturbação faz com que os níveis de PSA fiquem mais altos nas 24 a 48 horas depois. Caso você vá se submeter a uma dosagem de PSA, é recomendado que não tenha nenhuma ejaculação por pelo menos dois dias antes do teste.
Medicamentos e suplementos à base de ervas
Vários medicamentos e suplementos à base de ervas podem afetam os resultados da dosagem de PSA, em particular diminuindo os níveis e mascarando reais aumentos do antígeno. Drogas como a finasterida (Proscar/Propecia) e a dutasterida (Avodart), que normalmente são prescritas para pacientes com BPH ou calvície, podem levar à uma detecção reduzida em até 50 %. Anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo aspirina e ibuprofeno), e suplementos dietéticos à base de ervas (usados contra o câncer de próstata), podem diminuir falsamente os níveis de PSA.
Obesidade
A obesidade apresenta um desafio na mensuração dos níveis de PSA, pois os pacientes obesos possuem níveis mais baixos desse antígeno. Isso deixa os resultados imprecisos e dificulta o diagnóstico do câncer de próstata. Muitos desses pacientes obesos podem ser diagnosticados corretamente com câncer de próstata apenas após a câncer ter se espalhado para outras áreas do corpo.
Lesão e exercício intenso
Lesões à área da próstata podem afetar os níveis de PSA. Caso você tenha sofrido esse tipo de lesão, informe seu medico antes da dosagem do PSA. Exercícios vigorosos, como ciclismo, também podem elevar os níveis desse antígeno. Evite esse tipo de exercício e potenciais lesões por 48 horas antes da dosagem do PSA.
Toque retal
O toque retal é um exame vital para a detecção de problemas com a próstata. Durante o exame, o médico coloca um dedo, coberto com luva, dentro do reto do paciente para sentir a próstata e detectar anormalidades. Esse exame da próstata pode elevar os níveis sanguíneos de PSA, portanto deve-se dosar o antígeno antes do toque retal.
Infecção urinária, sonda e retenção urinária
Infecções do trato urinário ou bexiga, sonda e retenção urinária causam um aumento nos níveis de PSA. A dosagem de PSA deve ser adiada por até quatro semanas após a resolução da infecção ou retenção urinária, e seis semanas após a remoção da sonda.
Biópsia e investigações de câncer de próstata ou bexiga
Uma biópsia, cirurgia ou investigação de câncer de próstata ou bexiga, irá fazer com que os níveis de PSA aumentem. Após esses procedimentos, esses níveis podem levar de um a seis meses para retornar aos valores de referência.
Referências
Sobre o Autor
An American writer living in the United Kingdom, Christy Mitchinson began writing professionally in 2000, during her career in laboratory science, pathology and research. She has authored training materials, standard operating procedures and patient/clinician information leaflets. Mitchinson is pursuing a Bachelor of Arts in English literature and creative writing with The Open University.
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