Diferenças entre placas continentais e oceânicas
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A superfície da Terra é dividida em aproximadamente 12 segmentos rígidos e composta por oito placas principais e várias menores. Essas placas tectônicas são de dois tipos primários: placas oceânicas e placas continentais. Mesmo que compartilhem de muitas características em comum, há várias diferenças importantes.
Diferenças no processo de formação
As placas oceânicas são formadas por limites convergentes. Essas áreas, ao longo dos dorsais meso-oceânicos, representam lugares onde a nova crosta oceânica está sendo formada. Quando a lava flui por esses cumes vulcânicos, ela rapidamente resfria, formando rochas magmáticas extrusivas. As placas continentais são formadas principalmente por limites convergentes, áreas onde placas oceânicas são empurradas para baixo de placas continentais e derretem e formam magma. O magma é resfriado por milhões de anos, produzindo rochas magmáticas intrusivas e nova crosta continental.
Diferenças de composição
As placas oceânicas são máficas por natureza, compostas de basalto. Elas contêm alto teor de ferro, magnésio e cálcio, e mais da metade é composta dos minerais olivina e piroxena. Em contrapartida, placas continentais são félsicas por natureza, formadas por granito e compostas principalmente de sódio e alumínio, e ainda os minerais quartzo e feldspato. A crosta oceânica também contém dez vezes mais potássio do que as rochas oceânicas.
Diferenças de densidade
Por causa das altas quantidades de elementos ferromagnéticos, as placas oceânicas são muito mais densas do que as continentais. A densidade média da placa oceânica é de aproximadamente 3200 kg/m³ e da continental, 2700 quilos por metro cúbico. Essa diferença de densidade relativa é o que faz com que uma placa seja empurrada para baixo de outra mais flutuante. Isso também permite que uma placa oceânica mais densa afunde mais no fluído astenosférico, fazendo com que ela fique abaixo do nível do mar. Em contrapartida, a placa mais flutuante fica mais alta, tornando-se terra seca.
Diferenças de idade
A idade das placas oceânicas e das continentais é radicalmente diferente, devido ao processo tectônico. As placas oceânicas são continuamente renovadas pelos limites divergentes e reciclados nas áreas de subdução. Consequentemente, as rochas oceânicas mais antigas têm menos de 200 milhões de anos. As placas continentais levam um longo tempo para serem formadas e são raramente destruídas. Assim, a rocha continental pode ter de 3,8 bilhões a 4 bilhões de anos.
Diferenças de tamanho e espessura
As placas oceânicas cobrem aproximadamente 71% da superfície terrestre e as placas continentais, 29%. Mesmo que cubram mais muito mais áreas, as placas oceânicas são bem mais finas do que a crosta continental, contendo aproximadamente 8 km de espessura, comparados aos 40 km da continental. Combinando as áreas e espessuras médias, percebe-se que há o dobro de rochas continentais do que de oceânicas.
Referências
- University of Michigan; Planeta Terra: Investigando além da superfície; Rebecca Hotz e Kristen Schmidt [em inglês]
- Kean University; Placas tectônicas; Charles L. Smart, Ph.D. [em inglês]
- University of Michigan: Evolução da Terra: Placas tectônicas [em inglês]
- University of Washington; Estrutura da litosfera oceânica; Russell E. McDuff e G. Ross Heath; 2001 [em inglês]
- Idaho Geology Outreach: Placas tectônicas [em inglês]
Sobre o Autor
Doug Bennett has been researching and writing nonfiction works for more than 20 years. His books have been distributed worldwide and his articles have been featured in numerous websites, newspapers and regional publications. Bennett's background includes experience in law enforcement, the military, sound reinforcement and vehicle repair/maintenance.
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