Diferenças entre potência e eficácia
Os termos "potência" e "eficácia" são, com frequência, utilizados indiscriminadamente ao falar sobre medicamentos. No entanto, são termos distintos que se referem a aspectos diferentes. Uma droga potente não é sempre a mais eficaz. Da mesma forma, muitas drogas com alta eficácia apresentam baixa potência.
Definições
A potência é a relação entre a dose e o efeito terapêutico, ou seja, a força da droga. Um medicamento é considerado potente quando uma pequena quantidade é suficiente para alcançar o efeito pretendido. A eficácia é a capacidade de produzir o efeito terapêutico desejado. Isso significa que a droga é efetiva. Quando se comparam duas drogas que funcionam da mesma maneira, a de menor dose é a mais potente mas ambas têm a mesma eficácia.
Importância
Um medicamento deve ter eficácia comprovada para ganhar aprovação da ANVISA. Todas as drogas aprovadas têm níveis de eficácia demonstrados. A potência é importante no que diz respeito aos efeitos colaterais. Doses menores e menos potentes tendem a causar menos efeitos indesejados, proporcionando ainda o efeito terapêutico pretendido.
Considerações
Ao escolher medicamentos, médicos devem considerar tanto a eficácia quanto a potência da droga. Embora uma medicação possa ser mais eficaz, pode provocar mais efeitos colaterais, maior toxicidade e custar mais caro. A escolha de uma droga mais potente ou menos efetiva depende do estado da doença, da tolerância do paciente à medicação e da experiência do médico.
Ideias equivocadas
Pensa-se comumente que drogas mais potentes são mais efetivas. O fato de menor quantidade de uma droga ser suficiente para alcançar um efeito não significa uma maior eficácia. Por exemplo, tanto 500 mg de paracetamol quanto 200 mg de ibuprofeno acabam com a dor de cabeça. Embora o ibuprofeno seja mais potente por apresentar resultado com uma dose menor, as duas drogas eliminam a dor de cabeça, logo, ambas são igualmente eficazes.
Exemplos
Classes de drogas de alta potência incluem medicamentos quimioterápicos, anti-hipertensivos (pressão sanguínea) e antilipêmicos (colesterol).
Classes de drogas de alta eficácia são analgésicos (dor), antibióticos, anti-histamínicos e descongestionantes.
Referências
Sobre o Autor
Kamryn Adams' work has appeared in: The Glass Hammer, MSN Lifestyle, Working Mother, The Cincinnati Enquirer, The New York Times, and numerous other print and online outlets. Prior to her freelance writing career she spent ten years at Johnson & Johnson as a sales and marketing executive. A pharmacist by degree, she is a career coach and business consult to working women.