Efeitos positivos e negativos da música
Nos últimos anos os efeitos da música no cérebro humano vêm sendo desmistificados por equipes de neurologistas. Nos Estados Unidos, a música esteve presente na medicina moderna desde a década de 1940; o campo é tecnicamente conhecido como musicoterapia. Esta é uma ramificação multifacetada da psicologia, usada para tratar condições físicas, mentais, sociais e emocionais.
Função
A música é usada para tratar de todo tipo de enfermidades, de problemas físicos e psiquiátricos a casos de estresse alto e dependência química. Muitos usam a música como acompanhamento para um grande número de atividades relacionadas à saúde. Musicoterapeutas são profissionais treinados para usar a música e/ou instrumentos musicais para promover a comunicação e a saúde e bem-estar geral em seus pacientes.
A música mostrou que pode melhorar significantemente as habilidades de aprendizado de crianças, especialmente as menores de cinco anos. Neurologistas afirmam que isto é devido às bases matemáticas da música, como frações e proporções. Em um estudo feito pela "Music Educators National Conference" em 2001, estudantes de ensino médio que eram envolvidos com música, através de sua escola ou outra organização, tinham notas melhores em matemática e linguagens do que seus semelhantes não-musicais.
Musicoterapia para tratamento de problemas cardíacos
Foi comprovado que a música reduz as taxas de respiração e de batimentos cardíacos. Em estudo feito pela "Arts and Quality of Life Research Center", pacientes com doença arterial coronariana encontraram benefícios em ouvir música, como a redução da pressão sanguínea e da ansiedade. Enquanto que alguns dos resultados deste estudo foram inconclusivos, devido à qualidade duvidosa das evidências, eles ainda mostram os benefícios clínicos que a musicoterapia pode produzir.
Conceitos errados
Muitas pessoas acreditam que a musicoterapia só ajuda quem tem habilidades musicais; isto é um erro comum. A terapia musical vem demonstrando que pode estimular muitas das mesmas partes do cérebro em pacientes que entendem e que não entendem de música. Outro pensamento errado a respeito é que o único estilo musical usado na terapia é a música clássica. A música usada pelo terapeuta depende muito das preferências do próprio paciente, das circunstâncias e dos objetivos.
Aviso
Infelizmente, a música também pode causar sérios danos na forma de tinido ou perda parcial ou total da audição. O tinido pode ser resultante de escutar música em volumes e amplitudes altas. É caracterizado por um zumbido nos ouvidos que passam de leve a severo. O tinido é uma condição bastante subjetiva; alguns pacientes dizem perceber sons de animais ou até de canções populares. Sabe-se também que a música pode causar ataques epilépticos, quase sempre resultando em complicações psiquiátricas. Em um livro dedicado aos estudos destes casos raros, Oliver Sacks, professor de neurologia clínica da universidade de Columbia, descreve o caso de uma mulher que não podia ouvir uma certa canção popular por mais de meio minuto sem sofrer convulsões violentas.
Potencial
A ciência da musicoterapia, enraizada na primeira metade do século 20, ainda é relativamente nova. Com a proliferação de estudos de casos, a música está ensaiando um retorno ao mundo da medicina, uma área que esteve relativamente indiferente à musicoterapia devido às suas origens supostamente místicas.
Referências
- Musicophilia; Oliver Sacks, PhD; 2007