Investimentos tangíveis que mais se valorizam
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Investimentos tangíveis são objetos físicos que agregam valor com o passar do tempo, como ouro, imóveis e selos. A maioria das pessoas investe em ativos intangíveis, como ações e bônus, que representam dívida ou propriedade de uma empresa, mas que não correspondem a nada físico. Investimentos tangíveis na maioria das vezes são conservadores, gerando rendimentos modestos ou poucos pontos percentuais por ano, a não ser em momentos de formação de bolhas de investimento.
Investimentos tangíveis
Muitas pessoas optam por investir para aumentar suas poupanças de longo prazo. Investir significa algo que você acredita que o valor vá aumentar ou que produzirá renda como juros ou dividendos. Investir em coisas tangíveis significa comprar coisas de verdade que vão aumentar de valor com o tempo, como artigos colecionáveis raros ou terras em um centro urbano em crescimento. Qualquer coisa que mantenha valor com o passar do tempo pode ser considerado um investimento tangível, como pedras e metais preciosos, petróleo, antiguidades, vinhos e uísque, pinturas e livros raros.
Por que investimentos tangíveis
Investimentos tangíveis muitas vezes são percebidos como ativos mais seguros simplesmente porque o investidor pode ver e tocar nele. Com alguns investimentos tangíveis, o valor intrínseco é mais fácil de avaliar do que os intangíveis -- isto vale especialmente para o ramo imobiliário. Alguns investimentos, especialmente pedras e metais preciosos, são uma boa proteção contra a inflação. No entanto, a segurança que se percebe nestes ativos também significa que os investidores temporariamente recorrem a investimentos tangíveis em momentos de insegurança, o que aumenta seus preços e cria uma valorização insustentável por um curto período de tempo.
Bolhas
Ativos tangíveis não se valorizam muito, exceto em tempos de bolhas de investimento. Quando uma bolha se forma, os investidores especulam sobre lucros e valorização inusitadamente altos no futuro, levando os preços a uma alta temporária. Durante bolhas, investimentos tangíveis têm uma valorização astronômica, muito mais do que praticamente qualquer outro investimento fora da bolha. Por exemplo, durante a bolha imobiliária dos EUA nos anos 2000, os imóveis subiram mais de 10% em alguns lugares, e em outros, 20% por ano, até que este crescimento se mostrou insustentável e ficar claro que ele era impulsionado muitas vezes por empréstimos inadimplentes. Aqueles que compraram durante a bolha, esperando que as altas taxas de crescimento continuariam, terminaram perdendo dinheiro. Na recessão seguinte, os investidores correram para comprar ouro, criando uma bolha e preços altos como nunca.
Forte valorização
Imóveis e ouro, além de outras pedras e metais preciosos, são investimentos que oferecem rendimentos protegidos da inflação. O ouro tem a vantagem de ser à prova de recessões, já que muitos investidores compram ouro em momentos difíceis. O setor imobiliário se valoriza muito mais do que o ouro, mas problemas de construção e mercados desaquecidos podem prejudicar os rendimentos. Vinhos, artes e selos têm o potencial de se valorizar astronomicamente fora de bolhas - o índice GB Rarities tem um retorno anual médio de 10% - mas encontrar bons investimentos nestes mercados é coisa para investidores experientes.
Referências
- "The Telegraph"; Rendimentos de primeira classe para investimentos alternativos ; John Greenwood; outubro de 2008 [em inglês]
- Baker Valuation: Como o setor imobiliário se comporta frente a outros investimentos [em inglês]
- The Motley Fool: Evite cometer os maiores erros dos investidores [em inglês]
- "The Onion"; País assolado por recessão exige nova bolha; julho de 2008 [em inglês]
Sobre o Autor
Calla Hummel is a doctoral student studying contraband in international political economy. She supplements her student stipend by writing about personal finance and working as a consultant, as well as hoping that her investments will pan out.
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