Quais são as chances de se nascer mudo?
É extraordinariamente raro uma pessoa nascer muda e calcular as chances exatas dessa disfunção, pois é praticamente impossível. A mudez pode ser um resultado de duas condições: física, quando a pessoa possui um problema na garganta ou nas cordas vocais, tornando impossível que elas produzam sons; e a surdez, na qual a pessoa pode produzir sons, mas não é capaz de falar.
Fatores genéticos
Ocasionalmente, crianças que nascem mudas podem ser fisicamente mudas por causa de fatores genéticos herdados de seus pais ou outros parentes. Como a formação genética de uma criança é ditada pelos genes de seus pais, se eles possuírem genes que possam causar problemas físicos à garganta ou às cordas vocais, a criança pode nascer incapaz de produzir sons. Como em qualquer outra qualidade genética, como cor dos olhos e dos cabelos, as chances de se nascer mudo são maiores para crianças com um histórico familiar de dificuldade de falar devido a problemas físicos. Entretanto, possuir membros da família que ficaram mudos após o nascimento não significa, necessariamente, que as chances da criança nascer muda é maior. A mudez causada por traumas físicos ou psicológicos depois do nascimento não é uma parte da predisposição genética da criança. Por exemplo, se a avó materna ficou muda devido a uma doença na adolescência, a criança não possui uma predileção à mudez.
Drogas
Como a garganta e as cordas vocais são desenvolvidas enquanto a criança está no útero, quaisquer substâncias consumidas pela mãe que possam resultar no crescimento atrofiado do feto pode levar à mudez. Isso inclui qualquer tipo de substância potencialmente prejudicial consumida durante a gravidez, como álcool, tabaco e drogas, tanto ilegais quanto, em alguns casos, as prescritas. Essencialmente, qualquer substância que possa causar danos no desenvolvimento de um bebê aumenta as chances de vários problemas no crescimento do feto, incluindo a mudez.
Deformidade física
Mesmo com a medicina e ciência modernas, ainda existem alguns fatores do parto que simplesmente dependem do acaso. Ocasionalmente, um bebê não se desenvolve completamente antes do nascimento, o que pode resultar em muitas deformidades físicas diferentes. Elas podem variar de algo tão simples quanto um dedo com a forma levemente diferente até algo tão perceptível quanto lábio leporino. Embora seja extremamente raro, existe uma chance infinitésima de que uma criança possa nascer muda simplesmente porque sua garganta ou cordas vocais não se desenvolveram completamente. As chances são infinitas, mas ainda existem.
Surdez
Além de todas as possibilidades físicas de mudez, uma criança que nasce completamente ou quase surda nos dois ouvidos tem chances maiores de também ser incapaz de falar. Mesmo que sejam capazes de rir, gritar, chorar e fazer outros sons, elas funcionalmente podem não ser capazes de fazer os sons necessários para uma fala coerente. Os humanos aprendem a pronúncia e o uso da linguagem através do que escutam, então crianças que não conseguem ouvir também não conseguem falar. Isso não significa que elas são realmente mudas, ou surdas-mudas, mas que são efetivamente mudas por causa da incapacidade de transformar os sons que fazem em palavras. Felizmente, tratamentos para a surdez, como implantes cocleares, também podem ajudar com essa forma de mudez, permitindo que a pessoa ouça e, assim, aprenda lentamente como desenvolver a fala.
Mutismo
Embora não sejam nascidas mudas, estima-se que uma a cada 1.000 crianças em idade escolar desenvolvam uma condição chamada mutismo. Essa não é uma condição física, mas sim psicológica e social, onde as crianças que em outros momentos falam normalmente se tornam completamente incapazes de fazê-lo em certas situações ou ambientes, como na escola. O mutismo não está relacionado a transtornos de comunicação ou mentais, como a gagueira ou o autismo, mas tipicamente um sintoma de transtorno de ansiedade social. Essa incapacidade de se comunicar também pode se estender à linguagem corporal e contato visual. É importante saber que a criança continua fisicamente capaz de falar. Em casos com histórico familiar de ansiedade, há uma chance maior do desenvolvimento do mutismo.
Referências
Sobre o Autor
Jess Kroll has been writing since 2005. He has contributed to "Hawaii Independent," "Honolulu Weekly" and "News Drops," as well as numerous websites. His prose, poetry and essays have been published in numerous journals and literary magazines. Kroll holds a Master of Fine Arts in writing from the University of San Francisco.