Quais são os tipos de adaptação sensorial?

A maneira que a nossa química ocular acomoda-se à luz ou à escuridão é um tipo de adaptação sensorial

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Nossa experiência do mundo que nos cerca se dá pelos nossos cinco sentidos — visão, audição, olfato, paladar e tato — à medida que eles respondem aos vários estímulos. Quando esses estímulos se modificam, nossos sentidos terão a experiência dessa modificação até se tornarem gradualmente acostumados aos novos estímulos por meio de um processo conhecido como adaptação sensorial. Algumas das formas mais comuns de adaptação sensorial são experimentadas quando nossos olhos se acostumam a mudanças súbitas em ambientes claros ou escuros.

Adaptações sensoriais

Quando um determinado estímulo se altera, os resultados podem ser chocantes: pular em uma piscina cheia de água gelada em um dia quente, por exemplo. Mas permanecer na água irá levá-lo gradualmente a se aclimatar à sua temperatura. Outro exemplo de adaptação sensorial ocorre ao comer um alimento picante. Em princípio, a experiência pode ser desagradável, até dolorosa, mas à medida que continua a comer, você se acostuma ao seu sabor picante.

Adaptação à escuridão

Um dos tipos mais comuns de adaptação sensorial é quando você sai de uma área iluminada e entra em um quarto escuro, por exemplo, andar dentro do cinema depois que o filme começou. O efeito imediato é a desorientação, já que seus olhos nada percebem além de escuridão. Gradualmente eles se ajustam e você é capaz de ver as coisas ao redor. Isto ocorre quando uma substância química, chamada iodopsina, presente nos bastonetes e cones do globo ocular, aumenta sua concentração para se ajustar a reduzidas quantidades de luz. Os cones reagem em 10 minutos, enquanto os bastonetes levam cerca de meia hora para um ajuste completo. A adaptação sensorial ocorre gradualmente porque é preciso algum tempo para o corpo produzir a iodopsina adicional necessária para que os bastonetes se adaptem ao novo ambiente escurecido.

Adaptação à luz

A adaptação à luz é reação exatamente oposta à adaptação à escuridão que ocorre quando você sai de um ambiente escuro e entra em uma área de luz brilhante. Um exemplo de adaptação à luz seria sair de um quarto escuro e ir para o ar livre em um dia ensolarado. Neste caso, quantidades excessivas de iodopsina fazem com que os bastonetes e cones do globo ocular se tornem hipersensíveis à iluminação normal até que os olhos se reajustem pela redução das concentrações de iodopsina aos níveis normais.

Adaptações ao som, tato e odor

Outro exemplo de adaptação sensorial é quando um ruído alto faz com que um pequeno músculo do ouvido interno se contraia, um mecanismo protetor que reduz a transmissão das vibrações sonoras. Outro mecanismo envolve o sentido do tato, como a maneira que a água quente em uma banheira é sentida a princípio, ou seja, muito quente, até se entrar nela, quando acaba parecendo muito fria. Pelo sentido do olfato, em geral podemos detectar concentrações muito baixas de odores no ar, como os perfumes, mas se permanecerem, rapidamente nos aclimatamos ao eles e deixamos de detectá-los.

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