Alergia a cominho moído
Kim Steele/Photodisc/Getty Images
O cominho moído e as sementes inteiras de cominho são frequentemente utilizados para dar sabor aos alimentos, especialmente na culinária indiana, do Oriente Médio e do norte da África. As alergias ao cominho e a outras especiarias são relativamente raras, mas podem desenvolver em crianças mais velhas e adultos. Os sintomas são geralmente descritos como síndrome da alergia oral. Se for alérgico ao cominho, você também pode ter reações a outros alimentos próximos, como coentro e endro ou ter alergia ao pólen. O cominho pode ser difícil de evitar, pois quase sempre é misturado a outros temperos em diversos pratos.
Causas
Se você é alérgico, o seu corpo tem uma reação exagerada à proteína profilina encontrada no cominho e em outras especiarias, não importando se ele é moído ou em sementes. O seu sistema imunológico reage e produz imunoglobulina E, um anticorpo e histamina. Como o cominho é um membro da família da salsa, é possível que você tenha reações aos alimentos próximos, como cenoura, salsa, endro, anis, coentro e alcaravia. A reação também foi relacionada à artemísia e ao pólen de bétula, de acordo com um estudo de 1997 publicado no jornal Alergia Clínica e Experimental, citado por pesquisadores no Instituto Geral de Patologia Experimental. Por isso, é possível que os seus sintomas piorem no fim do verão.
Sintomas
Os sintomas normalmente ocorrem logo após a ingestão, embora você possa ter uma erupção cutânea só de tocar o tempero. Você pode sentir coceira e formigamento na boca, lábios e garganta e um inchaço nos lábios e língua. Outros sintomas incluem espirros, nariz escorrendo, olhos coçando e lacrimejando. Algumas pessoas têm sintomas mais graves, incluindo vômitos, cólicas abdominais e diarreia. Em casos raros, ocorre a anafilaxia, uma reação grave que põe a vida em risco. Se sentir a garganta inchar, dificuldade respiratória, queda súbita de pressão arterial ou pulso arterial rápido e fraco, procure a emergência médica.
Exames e diagnóstico
Se você suspeita de uma alergia ao cominho, consulte o seu médico e descreva os sintomas. Pode ser difícil apontar a causa, portanto, manter um diário de sua alimentação pode ajudar. Provavelmente será solicitado que você faça um exame de pele e de sangue. Nos testes de pele, a sua pele é picada e é injetado uma pequena quantidade do alérgeno abaixo da superfície. Se você for alérgico, haverá uma erupção cutânea. No exame de sangue, uma amostra é testada para a presença de anticorpos e a reação do seu corpo ao alérgeno. Esses exames também podem ajudar no diagnóstico de alergia a outros alimentos.
Tratamento e remédios
O seu médico pode prescrever anti-histamínicos ou corticoides tópicos para o alívio dos sintomas. Você também pode comprá-los sem receita médica na maioria das farmácias. Se a sua alergia for relacionada à febre do feno, vacinas ou imunoterapia podem ajudar. Se houver risco de anafilaxia, você será aconselhado a ter sempre consigo uma injeção de epinefrina. Injete-a na coxa ao primeiro sinal de uma reação séria, então vá diretamente à emergência médica. Certifique-se de que todos os seus amigos e familiares também saibam como manusear a injeção.
Prevenção
A melhor forma de prevenir uma reação alérgica é evitar o cominho e outras especiarias e alimentos que desencadeiam os sintomas. Verifique cuidadosamente os ingredientes e faça perguntas detalhadas quando for a restaurantes. Lembre-se de que o cominho moído é frequentemente encontrado no curry em pó, tempero para tacos e outras misturas de especiarias.
Referências
- World Allergy Organization: Alergia alimentar [em inglês]
- Allergy and Asthma Information Association: Síndrome da alergia oral [em inglês]
- "Clinical and Experimental Allergy"; "Characterization of Allergens in Apiaceae Spices: Anise, Fennel, Coriander and Cumin"; E. Jensen-Jarolim et. al.; November 1997
- Mayo Clinic: Exames e diagnósticos para alergias alimentares [em inglês]
- Mayo Clinic: Tratamentos e medicamentos par alergias alimentares [em inglês]
Sobre o Autor
Hazel Mollison has more than five years of experience writing for national and regional newspapers. Before moving to Washington, D.C., she was a reporter for the "Edinburgh Evening News" and "Scotland on Sunday." Mollison holds an M.A. in Italian and German from Cambridge University, as well as a postgraduate diploma in journalism from Cardiff University.
Créditos Fotográficos
Kim Steele/Photodisc/Getty Images