Vulcões no Himalaia

O Himalaia é uma vasta região montanhosa da Ásia

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O tamanho impressionante das montanhas do Himalaia nos faz questionar porque há tão poucos vulcões na região. A explicação está no tipo de colisão de placas que cria essas formações.

As colisões entre placas oceânicas formam ilhas vulcânicas como as do Havaí. Já as montanhas vulcânicas, como o Monte Ranier e o Santa Helena, são formadas pelas colisões entre placas oceânicas e continentais e regiões montanhosas, como o Himalaia, são formadas por colisões continentais.

As colisões entre essas placas empurram pouca terra dentro das grandes profundidades do manto. Portanto, não é comum os vulcões se formarem.

Como os vulcões se formam

Os vulcões se formam quando o magma sob a superfície da terra se eleva e é lançado na crosta do planeta. À medida que o magma sobe, ele se acumula em reservatórios e pode acabar escapando para a superfície. Fortes terremotos ocorrem durante esse evento e o cone vulcânico dá a impressão de que está inchado.

Os vulcões podem se formar tanto pela coluna de fumaça na litosfera, que corresponde à crosta e ao manto superior endurecido, ou como resultado de subdução, que acontece quando duas seções da crosta colidem, forçando uma placa para dentro da terra.

Colisões entre placas continentais explicam o Himalaia

A colisão entre placas oceânicas força as bordas do manto superior para baixo devido ao basalto frio na crosta oceânica. Então, as colisões entre placas continentais e oceânicas formam a crosta debaixo de uma camada descendente de granito, que é leve demais para afundar no manto.

Entretanto, colisões entre placas continentais possuem rochas em ambos os lados, sendo também leves demais para afundarem no manto da Terra. Isso faz com que as bordas se fragmentem e dobrem, formando regiões montanhosas. O Himalaia é o exemplo mais conhecido desse tipo de ocorrência. Esse local surgiu quando a Ásia e a Índia colidiram uma com a outra.

Ocorreu pouca fusão durante essa colisão, pois poucas rochas foram empurradas para grandes profundidades. Isso causou a formação de apenas alguns vulcões.

Vulcões no Himalaia

Embora a maioria das montanhas no Himalaia não sejam vulcânicas, alguns vulcões se formaram quando a placa oceânica indiana colidiu com o sul da Ásia. Um dos vulcões mais conhecidos dessa região é o Kunlun, no Tibete. O fundo do mar no norte da Índia arrastou o continente em direção ao Tibete ao longo de 80 milhões de anos.

As placas colidiram, formando vulcões no sul do Tibete. Essas placas de movimentação rápida quase se fecharam sobre o oceano entre os dois continentes, espremendo o sedimento do fundo do mar para a superfície. Esse local é atualmente conhecido como Himalaia.

As montanhas Kunlun

No Himalaia, há pouca atividade vulcânica, exceto no Kunlun

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O vulcão Kunlun é o mais alto do hemisfério norte. É um vulcão ativo e sua última erupção foi registrada em 1951, quando ocorreu uma explosão no conduto central. A atividade vulcânica dessa região causou um terremoto de magnitude 7,2 em 21 de março de 2008, mas nenhuma erupção foi registrada.

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