Cetoconazol para tratar psoríase
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A psoríase afeta 1 a 3% da população dos Estados Unidos. Os sintomas incluem prurido, manchas vermelhas descamativas da pele que geralmente são localizadas, mas podem se tornar generalizadas, cobrindo várias partes corporais. O autotratamento é apropriado para os casos leves de psoríase. O cetoconazol é uma escolha segura para alguns pacientes, embora sua eficácia na psoríase seja limitada.
Definição
A psoríase é um transtorno autoimune crônico. A psoríase em placas é o tipo mais comum e se caracteriza por manchas vermelhas, grossas, em relevo, cobertas com uma camada prateada de células cutâneas mortas. As lesões da psoríase tendem a aparecer no couro cabeludo, cotovelos, unhas e região lombar inferior. Pode causar intenso prurido em alguns casos, levando à ruptura da pele e ao sangramento. Alguns casos de psoríase podem se resolver espontaneamente, enquanto outros podem requerer tratamento prolongado. Além disso, as remissões e recorrências da doença são imprevisíveis. Ela não é contagiosa.
Tratamento
Os casos leves de psoríase podem ser autotratados com produtos de venda livre. Os pacientes com casos moderados a graves, ou em que a doença envolve mais de 10% da superfície corporal, devem ser submetidos a cuidados médicos para o tratamento. A gravidade da psoríase é determinada pela quantidade de superfície corporal coberta com lesões, e também pela maneira em que a condição causa impacto na vida diária do paciente. O objetivo do tratamento é controlar ou eliminar os sinais da doença e prevenir ou minimizar sua recorrência.
Muitos produtos de venda livre encontram-se disponíveis, incluindo tratamentos à base de alcatrão e ácido salicílico para a psoríase de couro cabeludo, assim como cremes e pomadas de hidrocortisona para lesões faciais ou pequenas placas isoladas da doença. Shampoos de cetoconazol são disponibilizados sem prescrição e podem ser usados para a psoríase de couro cabeludo. Mas, comparativamente, a eficácia dessa substância é superior no tratamento de condições relacionadas de dermatite seborreica do couro cabeludo e dermatoses descamativas. O cetoconazol não é usado para tratar outros tipos de psoríase ou de placas psoriáticas em outras partes corporais.
Se o cetoconazol for escolhido como plano de tratamento para a psoríase de couro cabeludo, os pacientes devem primeiro usar um shampoo sem medicação e sem atividade residual para remover poeira e óleo do cabelo e do couro cabeludo. O shampoo medicado, contendo cetoconazol deve então ser massageado completamente sobre o couro cabeludo e deixado por um a três minutos. Deve ser então totalmente lavado, e o processo é repetido. O medicamento pode ser usado com segurança duas vezes por semana, durante quatro semanas, com intervalos de pelo menos três dias entre os tratamentos. Os shampoos de cetoconazol são bem tolerados pela maioria dos pacientes e produzem poucos efeitos adversos. Contudo, eles podem causar perda e alteração da textura do cabelo, irritação cutânea ou secura na pele em raros casos.
Geralmente, a psoríase é uma condição persistente e pode ser difícil autotratá-la, particularmente com cetoconazol. Se o tratamento com essa substância não controlar os sinais e sintomas da psoríase de couro cabeludo, podem ser consideradas várias outras opções de tratamento sem prescrição. Esses incluem produtos com alcatrão e ácido salicílico, corticosteroides, preparações com vitamina D ou medicações tópicas à base de óleo. Em casos recorrentes e difíceis de tratar, medicações orais podem ser prescritas por um médico. Se o paciente tiver uma piora da doença ou efeitos adversos enquanto usa shampoo de cetoconazol, deve contatar um médico imediatamente.
Referências
- Berardi RR, DeSimone EM, Newton GD, et al., eds. Handbook of Nonprescription Drugs. 13a ed. Washington, D.C.: American Pharmaceutical Association; 2002. [em inglês]
- DiPiro JP, Talbert RL, Yee GC, Matzke GR, Wells BG, Posey LM, eds. Pharmacotherapy: A pathophysiologic approach. 5a. ed. New York, New York: McGraw-Hill; 2002 [em inglês]
- Lacy CF, Armstrong LL, Goldman MP, Lance LL. Drug information handbook. 11a ed. Hudson, OH: Lexi-Comp; 2003 [em inglês]
Recursos
Sobre o Autor
Jennifer Gibson is a clinical pharmacist and medical writer and editor. She has 4 years of experience preparing scientific publications and creating educational resources and presentations. She earned a Bachelor of Science degree in Biochemistry, and a Doctor of Pharmacy degree. She is a member of the American Medical Writers Association.
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