Qual é a função do núcleo da Terra?

Abaixo da superfície da Terra há quatro camadas: a crosta, o manto, o núcleo externo e o núcleo interno

Ablestock.com/AbleStock.com/Getty Images

O núcleo da Terra engloba um núcleo interno sólido e um externo líquido, ambos compostos majoritariamente por ferro. Fora dele existe o manto, e então a crosta, onde vivemos. Os cientistas acreditam que ele seja responsável pelo campo magnético da terra e pelas placas tectônicas.

Núcleo interno

O núcleo interno da Terra tem um raio pouco maior do que 1200 quilômetros. É composto de uma liga sólida de ferro, níquel e outro elemento mais leve - provavelmente oxigênio. Ele está esfriando desde que o planeta foi formado, mas sua temperatura ainda é próxima à da superfície do Sol. Devido à temperatura, o ferro contido nessa camada não pode ser magnetizado.

Núcleo externo

O núcleo externo tem uma espessura de 2200 quilômetros e é composto por uma liga líquida, também de ferro e níquel. Possui uma temperatura um pouco mais baixa que o núcleo interno, variando entre 4400 graus Celsius perto do manto e 6100 graus mais perto do centro. A mobilidade dessa camada permite a criação de correntes elétricas.

Campo magnético

O campo magnético da Terra não é resultado do núcleo interno, composto de ferro sólido, mas das correntes geradas na camada líquida superior a ele que deriva de um fenômeno chamado "efeito dínamo". A rotação do planeta, assim como os elétrons livres liberados por esses metais no núcleo líquido, ajuda a criar esse efeito por gerar as correntes. A combinação dos elétrons livres, núcleo externo líquido e velocidade de rotação tem um papel fundamental na criação do campo magnético. A força do campo depende dos três fatores.

Terremotos

Quando um terremoto ocorre, as ondas sísmicas são transmitidas a partir do epicentro através da Terra. Elas não passam pelo núcleo interno, mas o externo já é capaz de transmiti-las. Existem dois tipos de ondas sísmicas: compressionais, ou primárias (P), e de cisalhamento, ou secundárias (S). Quando qualquer uma delas passa pelo núcleo externo, elas são comprimidas e sua velocidade diminui consideravelmente. Devido à mudança de propriedades, essa ondas são chamadas de ondas K quando entram no núcleo. Quando elas voltam à superfície, podem ajudar os cientistas a descobrir onde o terremoto se originou.

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