Ramos de oliveira na mitologia grega

Os ramos de oliveira simbolizam muitas coisas em mitos gregos

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A mitologia grega e sua iconografia têm influenciado a humanidade ao longo do tempo. As Olimpíadas e o selo presidencial americano mostram um dos símbolos mais importantes da mitologia, o ramo de oliveira. Na Odisseia, Homero chama a oliveira de ouro líquido. Seu valor de longa data tem raízes na Grécia, em 3000 a.C.. Ela fornece frutos, azeite e madeira, e tornou-se profundamente presente na história e na literatura.

Poseidon e Atena

O conto de Atena foi o primeiro a associar ramos de oliveira com paz

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Diz a lenda que Atena e Poseidon competiram por uma cidade e cada um deles precisava dar a ela um presente. Poseidon deu um magnífico cavalo. Atena deu um ramo de oliveira e ganhou a cidade de Atenas, nomeada em sua homenagem. Esse mito é refletido no tetradracma que exibe Atena com seu símbolo de sabedoria, a coruja, e um ramo de oliveira que significa fertilidade. Portanto, as pessoas que buscavam terras férteis, cultivavam essa árvore. O filho de Poseidon, Alliroto, tentou cortar a árvore por vingança, mas a árvore caiu em cima dele, esmagando-o e com isso ilustrando a resiliência da árvore. Outro mito afirma que Hércules levou a árvore para casa, na Grécia, após suas viagens.

Irene, Teseu e Hermes

O caduceu foi originalmente um ramo de oliveira

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Um ramo de oliveira é associado a Irene, a deusa da paz. Também com Teseu, que matou o minotauro que exigia sacrifícios humanos da cidade de Atenas. Ele se libertou do labirinto ao seguir um fio que amarrara em um ramo de oliveira. O caduceu de Hermes é um ramo de oliveira com videiras ao redor. Mais tarde, esse símbolo foi transformado em um bastão com cobras, assemelhando-se ao símbolo da medicina.

Paz e força

Os jogos de Zeus celebravam o ramo de oliveira

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As associações são muitas entre os ramos de oliveira e a paz. Eles estão presentes na bandeira das Nações Unidas e são símbolos dos Jogos Olímpicos, originalmente dedicados a Zeus. A primeira tocha utilizada nas Olimpíadas era um ramo de oliveira, assim como esses ramos eram entrelaçados para formar as coroas dadas aos vencedores. A coroa de oliveira de Zeus era concedida aos vencedores nos jogos e em batalhas. Em Olímpia, elas eram colocadas sobre as cabeças dos competidores mais fortes, rápidos e qualificados. O ramo de oliveira é mais uma vez visto como símbolo de força devido às histórias de Hércules. Com um ramo de oliveira em formato de estaca, ele matou o leão de Citaeron que estava aterrorizando os camponeses. Além disso, a clava usada por Hércules em muitos contos, foi feita de madeira de oliveira. Se ela fosse enterrada no chão, se tornaria uma árvore.

Pureza e morte

Outros símbolos da mitologia grega associados ao ramo de oliveira são a purificação e a benção. Acreditava-se que a árvore era tão sagrada que apenas os garotos virgens poderiam colher seus frutos. Nascer sob seus ramos era um sinal de que se pertencia a uma família sagrada. Os ramos também ajudavam os mortos a atravessar o submundo no barco de Caronte. Em Esparta, os mortos eram queimados com ramos de oliveira e os enlutados os usavam em seus cabelos para afastar o mal.

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