Perigos da água sanitária

A água sainitária pode liberar gases tóxicos quando é misturada a outros produtos de limpeza

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A água sanitária, ou cândida, utilizada como alvejante de roupas contém cloro, se torna em um gás tóxico quando combinada com sódio e oxigênio, formando hipoclorito de sódio. O perigo da formação de tal gás é que, durante sua formação, o composto libera cloro em forma de gás. De acordo com professores da Universidade McGill, do Canadá, o gás liberado pela água sanitária é a fonte mais comum de exposição tóxica no mundo todo, com a mistura do alvejante com outros produtos de limpeza sendo a maior fonte de liberação de cloro. A Administração de Alimentos e Drogas (FDA) dos EUA relata ainda que a água sanitária é também usada na adulteração de produtos.

Danos ao aparelho gastrointestinal

Excluindo-se os casos de adulteração de bebidas, a ingestão acidental de água sanitária é coisa rara de se ver, porque tanto o seu cheiro forte quanto suas propriedades cáusticas costumam acionar o reflexo do vômito. Mas, se o produto for de alguma forma ingerido, ele causará danos ao tecido da garganta e do estômago. No caso da concentração típica de uso doméstico, é improvável que ela cause danos graves a esses tecidos ou envenenamento. Mas o problema será bem mais grave se envolver alvejantes industriais.

Danos à pele

A água sanitária não diluída é um produto corrosivo. Até mesmo o produto de uso doméstico pode causar danos à pele e remover gorduras essenciais. Se o contato for prolongado, pequenas quantidades tóxicas de cloro podem entrar no corpo através da pele. O alvejante de categoria industrial tem um poder de corrosão muito maior e deve ser manipulado apenas com o uso de equipamento de proteção, como roupas e óculos especiais.

Danos aos pulmões

Um acidente relativamente fácil de acontecer é a mistura da água sanitária, utilizada para limpeza, com outros produtos, por exemplo, no vaso sanitário, pia ou ralos. A mistura da água sanitária com amônia é uma das mais perigosas, porque ela libera cloro, amônia e cloramina; todos na forma de gás. Porque a urina contém amônia, o uso de água sanitária no banheiro é uma fonte comum de liberação destas substâncias.

O problema com estes gases é que eles são cáusticos e irritantes e a sua inalação provoca danos aos pulmões e às vias áereas. A exposição a altas concentrações por mais de 15 a 30 minutos pode provocar problemas irreversíveis, e até a morte. O cloro é solúvel em água, formando ácido clorídrico ou ácido hipocloroso ao se encontrar com a umidade presente na nossa mucosa, nos nossos olhos e boca. Nos pulmões, os ácidos provocam um edema pulmonar (liberação de fluidos para os tecidos), causando dificuldades para se respirar. A presença de certas proteínas nas lágrimas protegem os olhos, mas mesmo assim podem ocorrer danos menores ao tecido, além de dor e vermelhidão.

As cloraminas causam efeitos similares, com dificuldade respiratória e irritação de olhos, nariz, garganta e pele. Elas são as responsáveis, por exemplo, pelos efeitos irritantes causados pela água de uma piscina tratada com cloro. Cloro, amônia e cloraminas são mais densos que o ar e isso quer dizer que seus vapores tendem a ficar mais próximos do chão, demorando para se dispersarem. Isto pode ser especialmente problemático quando se está em uma área pouco ventilada.

Explosão

As chances de ocorrer uma explosão são maiores em uma área industrial do que em um ambiente doméstico. Em certas fábricas, pode acontecer uma mistura de amônia e alvejante em uma proporção significativa, formando tricloreto de nitrogênio (tricloramina) ou hidrazina, que são produtos explosivos. A exposição à hidrazina provoca dor nos olhos, nariz e garganta, dor de cabeça, tontura e, em última instância, convulsões e coma.

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