Quais os efeitos do Ginko Biloba nos níveis de dopamina?

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Praticantes da medicina herbal chinesa usam folhas de ginkgo biloba há séculos, afirma o site do Centro Médico da Universidade de Maryland. Recentemente, começou-se a pesquisar os possíveis benefícios à saúde que esse extrato pode causar. É interessante saber quais efeitos tal extrato pode ter sobre os níveis de dopamina, já que níveis baixos deste neurotransmissor relacionam-se com transtornos como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e o Mal de Parkinson.
Panorama.

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O cérebro usa mensageiros químicos como a dopamina, para comunicação entre regiões do cérebro que regulam funções físicas e mentais. De acordo com o psicólogo Joseph Carver, em artigo para enotalone.com, a dopamina é de grande relevância para movimentos motores e processos mentais como a atenção e a motivação. Baixos níveis de dopamina são encontrados em portadores de transtornos como o TDAH e o Mal de Parkinson.
Função

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O gingko biloba aumenta a atividade dopaminérgica pois permite que esse neurotransmissor permaneça no cérebro por mais tempo. Em um artigo de 1999 publicado no periódico "Ciências da vida", os pesquisadores W.R. Wu e X.Z. Zhu atestam que este extrato atua como inibidor da monoamina oxidase, reduzindo os níveis desta enzima no cérebro. A monoamina oxidase fraciona a dopamina. Portanto, o gingko biloba pode fazer com que os níveis de dopamina aumentem ao diminuir os níveis de monoamina oxidase.
Importância.

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Nenhum estudo demonstra claramente que o aumento de dopamina proporcionado pelo gingko biloba melhora as habilidades mentais de adultos saudáveis. Alguns estudos apontam melhorias nas capacidades mentais de usuários do extrato, de acordo com P.H. Canter e E. Ernst em artigo datado de julho de 2007 e publicado no periódico “Psicofarmacologia humana.” Contudo, Canter e Ernst alertam que os atuais estudos sobre os efeitos do gingko biloba em adultos são inconsistentes e conflitantes entre si. Concluem, por fim, pela inexistência de evidência acerca de melhorias nas habilidades mentais de adultos saudáveis que usam o extrato.
Tratamento do Mal de Parkinson.

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Por ser potencializador da dopamina, o gingko biloba pode auxiliar no tratamento do Mal de Parkinson. Tal doença resulta do acúmulo de células liberadoras de dopamina em uma região do cérebro denominada Substância Negra. Em estudo publicado em abril de 2005 no "Jornal de Neuroquímica", M. Ahmad e colegas submeteram ratos com Mal de Parkinson simulado à doses diárias de ginkgo biloba. Após três semanas de tratamento, os ratos passaram a reter maior quantidade de células liberadoras de dopamina.
Tratamento do TDAH

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O extrato de ginkgo biloba pode ajudar no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, ou TDAH. Em estudo com resultados publicados em maio de 2001 no "Jornal de Psiquiatria e Neurociência", M. R. Lyon e colegas, testaram os efeitos de um suplemento com 200mg de ginseng e 50mg de extrato de ginkgo biloba em crianças com TDAH. De acordo com os cientistas, duas doses diárias do suplemento ao longo de quatro semanas melhorou os sintomas em três quartos dos pacientes.
Referências
- Enotalone.com: Dopamina: do Mal de Parkinson e TDAH ao tabagismo e paranóia.
- "Ciências da Vida"; envolvimento da inibição da monoamina oxidase e efeitos neuroprotetores e neurorestorativos do extrato de ginkgo biloba contra toxicidade nigrostiatal dopaminérgica em ratos C57 com MPTP induzido; W.R. Wu & X.Z. Zhu; 1999
- "Psicofarmacologia Humana", O gingko biloba não é a droga da inteligencia: Uma crítica sistemática e atualizada de exames clínicos randomicos testando os efeitos nootrópicos do ginkgo biloba em pessoas saudáveis; P.H. Canter & E. Ernst; July 2007
- “Jornal de Neuroquímica”; Doses de Ginkgo Biloba protegem ratos com Mal de Parkinson induzido contra 6-Hidróxidodopamina:Evidências neurocomportamentais, neuroquímicas e imunohistoquímicas,; M. Ahmed, et al.; April 2005
- “Jornal de Psiquiatria & Neurociência”; Efeitos da mistura de Panax Quinquefolium com Ginkgo Biloba no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: um estudo piloto; M.R. Lyon, et al.; May 2001
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Sobre o Autor
Tyson Alexander has been writing professionally since 2007. He writes articles for various websites on topics of psychology, the brain and mental health. He holds a Master of Arts in psychology from Carleton University in Ottawa, Canada.
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