Comparação entre o ciclo de vida de samambaias e musgos

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Os ciclos de vida dos musgos e samambaias são semelhantes, pois compartilham o fato de serem plantas que não dão flores. Mas como praticamente todas as plantas com ou sem flores, os musgos e as samambaias podem se reproduzir sexuada e assexuadamente. A reprodução assexuada acontece quando um pedaço de musgo ou de samambaia separa-se da planta original e dá origem a uma nova planta, formando um clone da planta-mãe.
Esporângio
Nos musgos e samambaias, pela ausência de flores e sementes, a reprodução sexuada ocorre por meio de esporos. A estrutura de esporos é denominada um esporângio. Geralmente é pequena e em forma de cápsula. Em uma samambaia típica, os esporângios são agrupados e cobertos e protegidos por um recurso semelhante a um guarda-chuva. Em muitas samambaias essas estruturas reprodutivas encontram-se na parte de baixo da folha. Já no musgo, os esporângios simplesmente crescem de um caule fino para cima.
Reprodução sexuada
Uma fase do ciclo de vida em musgos e samambaias serve para a reprodução sexuada. Nos musgos é a parte evidente da planta que conhecemos como a planta musgo. Nas samambaias, por outro lado, essa fase do ciclo de vida da planta é pequena e geralmente oculta por folhas mortas e outros detritos. É quase impossível de ser notada por um observador casual.
Produção de esporos

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Em contraste com a pequena e discreta fase de reprodução sexuada, a fase alternada é a planta relativamente grande que conhecemos como a samambaia. É a fase que produz esporos. Nas samambaias, as duas fases diferentes existem como indivíduos separados fisicamente.
Em um musgo típico, a parte verde da planta é a fase de reprodução sexuada. Dela crescem caules que produzem e contém os esporos. Ao contrário das samambaias, as duas fases – de reprodução e de produção de esporos – crescem juntas como parte da mesma planta nos musgos.
Esporos
Os musgos e as samambaias produzem esporos que contêm metade do número de genes presentes na planta como um todo. Quando os esporos germinam, eles crescem e se desenvolvem até a fase de reprodução sexuada da planta. Durante a reprodução sexuada, o espermatozoide e o óvulo se unem, resultando na fase de produção dos esporos. Nos musgos e samambaias, essa fase de produção dos esporos tem o complemento genético cheio, e é durante essa fase que o número de genes é dividido ao meio novamente.
Rizoma
Enquanto o esporófito cresce na samambaia, produz um porta-enxerto ou rizoma que é geralmente semi-horizontal. Desse rizoma cresce a fronde da samambaia ou folhas por cima e as raízes por baixo. Embora o musgo tenha uma estrutura semelhante a uma raiz, falta nele o rizoma que tem a samambaia.
Referências
- “Ferns of Northeastern and Central North America, 2nd Ed.”; Boughton Cobb, Elizabeth Farnsworth and Cheryl Lowe; 2005
- The University of the West Indies: Ciclo de vida geral de um musgo [em inglês]
- East Stroudsburg University: Ciclo de vida de uma samambaia [em inglês]
Sobre o Autor
Donald Miller has a background in natural history, environmental work and conservation. His writing credits include feature articles in major national print magazines and newspapers, including "American Forests" and a nature column for "Boys' Life Magazine." Miller holds a Bachelor of Science in natural resources conservation.
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