Diferenças entre as principais marcas de cerveja consumidas no Brasil

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A boa, velha e gelada cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no Brasil. Uma pesquisa feita pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) constatou que a cerveja representa 61% de toda a bebida alcoólica consumida pelos brasileiros. O vinho (25%) segue em segundo lugar. Por aqui, a guerra entre as empresas de cerveja é bem disputada, mas até hoje ninguém conseguiu tirar o posto de líder isolada da Ambev. A empresa é líder de mercado há mais de dez anos com 68,8% do market share nacional. A briga fica acirrada nas posições seguintes, entre as empresas Petrópolis (10,4%), Schincariol (10,2%) e Heineken (8,9%). Conheça a seguir as principais marcas de cerveja do Brasil e suas características.
Skol

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A empresa líder de mercado Ambev domina a maior parte do mercado de bebidas no Brasil e é responsável, inclusive, por produzir e distribuir cervejas importadas. É dela também a cerveja mais consumida no País, a Skol (que possui 32,4% do mercado). Voltada para o público adulto jovem, a marca traz inovações constantes para conquistar cada vez mais consumidores, tudo feito de acordo com as campanhas de marketing da empresa. No ano 2000, por exemplo, foi criada a linha Skol Beats, destinada ao público de festas agitadas de música eletrônica. Foi lançada junto ao evento Skol Beats, em cidades como Curitiba e São Paulo. Em 2013, a empresa desenvolveu um sorvete de cerveja.
Brahma

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A marca de cerveja Brahma, também propriedade da Ambev, está associada às festas de carnaval e ao patrocínio de times de futebol. Em 2012, a Brahma pagou R$ 4,9 milhões para patrocinar o Carnaval de Salvador em camarotes cheios de artistas e celebridades. A marca representa 17,6% do mercado total de consumo de cervejas no Brasil. Apesar de ser 100% brasileira, a Brahma alavanca as vendas da Ambev em todo o mundo e já está entre as dez cervejas mais consumidas no planeta. Em todo o Brasil, a Ambev espalhou bares Brahma que também servem a linha de chopp da marca.
Antarctica

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A Ambev também possui a Antarctica, que é responsável por 11,8% do mercado de cervejas. A marca é vendida como uma versão de cerveja boa e barata, já que o custo unitário é menor do que a Brahma e a Skol. A Antarctica surgiu como um dos carros-chefes da empresa Companhia Antarctica Paulista, que em 2000 se fundiu com a Brahma dando origem à Ambev. É uma cerveja mais clara e suave, que segue com um público fiel desde que se popularizou com o slogan "A cerveja boa". A versão lançada pela Ambev conhecida como Antarctica Subzero, na qual a cerveja é duplamente filtrada, representa a nova linha da marca.
Itaipava

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A Itaipava, de propriedade da empresa Petrópolis, vice-líder de mercado, está presente no eixo Rio-São Paulo há muitos anos. Nos últimos tempos, a marca presencia uma expansão para outros estados do Brasil. O resultado está sendo positivo para a empresa, que segura a quarta posição com 10,4% do mercado consumidor. A empresa passou a diversificar a linha de cervejas oferecidas para atingir um público consumidor mais amplo. Hoje, é possível encontrar versões como a Itaipava Premium, de sabor mais encorpado, e a Itaipava Malzbier, levemente adocicada. Isso sem falar na Itaipava Chopp e na versão pilsen, a campeã de vendas da empresa.
Nova Schin

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No setor de vendas de bebidas alcoólicas, a menina dos olhos da Schincariol é a cerveja Nova Schin. Graças a uma campanha de marketing eficiente nos últimos anos, a marca entrou de forma competitiva no mercado, onde é conhecida pela alcunha de "Cervejão". Ainda assim, uma fatia do público consumidor a rejeita por ser conhecida como cerveja popular. Mas a verdade é que os preços mais competitivos a fizeram disputar espaço com a Itaipava, em uma briga que fica acirrada ano a ano. Atualmente, a Nova Schin abocanha 10,2% de marketing share, apenas 0,2% atrás da concorrente Itaipava.
Heineken

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Com 8,9% de participação nas vendas no setor cervejeiro do Brasil, a Heineken possui um público consumidor fiel, composto por muitos jovens modernos e descolados. Vendida na inconfundível garrafinha verde, a cerveja é antiga. Começou a ser produzida em Amsterdã no ano de 1864 por um jovem de 22 anos chamado Heineken. Na época, a bebida era conhecida por ser a “cerveja do trabalhador” e visava o grande público. Porém, com o passar do tempo, a marca foi mudando o conceito para se tornar um pouco mais elitizada. Até hoje, a Heineken faz muito sucesso nos mercados europeu e norte-americano.
Referências
Sobre o Autor
Pedro Santos has been a journalist and writer since 2007. He studied journalism at Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) in Brazil, where he co-founded the “Ponto-e-Vírgula” magazine.
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