Quais deuses eram adorados pelos espartanos?

A deusa Ártemis Ortia era uma das principais divindades dos antigos espartanos

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Esparta foi um dos estados mais poderosos no sul do antigo Peloponeso. Por volta do século 4 a.C., ela controlou mais territórios do que qualquer outro estado grego, devido à sua sociedade disciplinada e militar. Como todos os gregos, os espartanos adoravam o panteão Olimpiano. Certos deuses, porém, receberam uma devoção maior da antiga Esparta. Sua adoração enfatizava os atributos mais relevantes aos ideais da cidade.

Apolo

Três grandes festivais honravam Apolo em Esparta: o Gymnopaedia, o Jacinto e a Carnéia. O Gymnopaedia celebrava Apolo como o deus da música, com competições de coral que duravam horas. O Jacinto foi centrado no santuário de Apolo de Amiclas, que ficava a 5 km da cidade. Aqui, sacrifícios eram feitos para o deus e seu amante morto, Jacinto. Esse festival era tão importante que os espartanos guerreiros se recusavam a portar armas para a sua duração, se recusando até mesmo em auxiliar os atenienses contra os persas na batalha da maratona. A Carneia era o festival mais significativo. Com duração de nove dias, seu ponto principal era o Staphylodromoi, uma corrida feita por garotos da cidade. Depois de rezar para Apolo, um dos garotos era perseguido pelos outros. Se ele fosse pego, Esparta seria abençoada com sorte. Mas, o mais importante, a corrida dava aos jovens rapazes um gostinho da vida militar que lhes esperava, e os ajudava a se prepararem para a idade adulta.

Ártemis Ortia

O Santuário de Ártemis Ortia era um dos mais importantes em Esparta. A dedicação dos espartanos ao seu culto é evidente nas 100.000 pequenas dedicações encontradas em volta do relicário. A deusa era uma híbrida entre a olimpiana Ártemis e Ortia, uma divindade local. Os ritos de Ártemis Ortia eram centrados nos ritos da passagem para a idade adulta e fertilidade. Era no santuário dela que os jovens garotos espartanos passavam por iniciações rituais duras. Mascarados, eles deviam roubar queijo do altar da deusa. Também eram ritualmente açoitados para se purificarem. Uma sacerdotisa supervisionava os golpes segurando uma estátua da deusa. Se os golpes não fossem fortes o suficiente, acreditava-se que a estátua ficava mais pesada. O sangue derramado pelo açoitamento servia como substituto para o sacrifício humano banido por Licurgo, possivelmente para garantir a fertilidade do local. Outros rituais também tinham esse propósito. Garotinhas eram sacrificadas para Ártemis Ortia durante a primavera, trazendo roupas ou arados como oferta. As danças rituais também eram feitas como parte desses ritos agriculturais.

Atena Chalkioikos

Atena ocupava uma posição especial na sociedade espartana como guardiã da cidade. Ela era conhecida como Atena Chalkioikos, ou Atena da Casa de Bronze, por causa de seu templo banhado a bronze na acrópolis espartana. Ela também era associada com o poder militar de Esparta, e uma cabra era sacrificada para ela antes dos exércitos irem para a batalha.

Outros deuses

Embora não fossem divinos, Helena e Menelau, os lendários dominadores de Esparta, também eram reverenciados como deuses. O Menelaion, o centro de cultos de Esparta, era situado a 3 km da cidade no ponto de um antigo palácio micênico. Eles não eram os únicos semideuses ou mortais adorados pelos espartanos. Castor e Pólux, os semideuses Dioscuri, também eram heróis locais. Licurgo, o fundador do estilo de vida rígido de Esparta, também eram adorado como um deus.

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